quarta-feira, 20 de março de 2024

O DIA MUNDIAL DA INFÂNCIA E A PERGUNTA DO FILÓSOFO



Conta-se que, quando Sócrates, o filósofo, voltava para Atenas, sempre perguntava:

— Onde estão as crianças?
— Por que perguntas pelas crianças? — Inquiriam os atenienses.
— Porque o futuro de Atenas depende destas crianças!

Neste Dia Mundial da Infância é preciso refletir a respeito desta pergunta séria e solene: Onde estão as crianças?

Considere esta informação: Apesar de os cuidados com crianças e adolescentes serem importantes em qualquer idade, os primeiros mil dias da vida de um ser humano são decisivos para o seu desenvolvimento integral.

Observemos rapidamente onde e como estão as crianças nas seguintes perspectivas:

  1. NA PERSPECTIVA DO GOVERNO – Infelizmente, em muitas regiões do país, observamos que o governo não proporciona às crianças uma educação de qualidade, pelo contrário, o sistema educacional está comprometido em deixar as crianças cada vez mais indiferentes à cultura e aos valores que formam a sociedade brasileira, ou pior, o sistema educacional não se importa com nenhum valor que seja bom e saudável. Algumas consequências são:
  • Aumenta a cada ano o número de analfabetos funcionais. Os estudantes brasileiros estão classificados nos níveis mais baixos de conhecimento.
  • Não há, em grande número de escolas, um ambiente atraente e prazeroso ao aprendizado.
  • Há, em muitas escolas, a influência perniciosa dos traficantes de drogas e dos promotores de ideologias nefastas.
  • Os professores não são bem-preparados e nem motivados a fazer o melhor.

2. NA PERSPECTIVA DA SOCIEDADE – A criança é vista apenas como uma consumidora, uma seguidora ou um objeto que pode ser manipulado e descartado. A sociedade não se sente responsável pela nova geração.

  • As famílias são pressionadas pela propaganda, sentindo-se obrigadas a dar bens materiais às crianças.
  • Há a indústria, altamente rentável, do entretenimento digital, que vorazmente investe no mercado “infanto-juvenil” com produtos que deformam e corrompem o caráter da criança, induzindo-a a uma vida de pecado. Na verdade, o impacto de todas as mídias na introdução de conceitos perniciosos, fúteis e violentos chega a ser assustador.
  • Fala-se que a infância é linda, mas essa é uma afirmação vazia. A prova está no aumento assustador dos casos de abusos verbais, físicos e sexuais contra crianças.
  • É difícil evitar que as crianças sejam expostas ao mal, quando estão em ambientes públicos. O respeito desapareceu e as crianças acabam presenciando brigas e comportamentos indecentes, como se essa fosse a maneira normal de viver.

3. NA PERSPECTIVA DAS FAMÍLIAS – Muitas pessoas já não valorizam o conceito de “família” e têm-se deixado conduzir pela filosofia do hedonismo:

  • Muitos pais não são fiéis aos compromissos assumidos por ocasião do seu casamento. Partem para aventuras amorosas, para o terrível adultério, e isso deixa as crianças desestabilizadas e depressivas.
  • Muitos pais priorizam a sua realização profissional em detrimento do cuidado dos filhos. Terceiros são contratos para cuidar deles desde a mais tenra idade.
  • Muitos pais enviam prematuramente seus filhos às escolinhas maternais e pré-escolares, delegando a estas instituições uma responsabilidade indelegável.
  • O hedonismo no uso das drogas, da bebida e na prática de relações sexuais descomprometidas, acaba levando a uma série de consequências, dentre elas ao aumento dos casos de abortos, uma das maiores tragédias do nosso tempo.

4. NA PERSPECTIVA DAS IGREJAS – Embora existam honrosas exceções, grande parte das igrejas se preocupa tanto com os adultos que chega a investir neste público uma grande porcentagem do seu orçamento. Tem sido raro encontrar igrejas que invistam pelo menos 10% do seu orçamento com as crianças porque:

  • A criança só dá despesa e não traz contribuição financeira.
  • Existe uma compreensão limitada de que a criança precisa apenas ficar num lugar à parte, com alguns monitores que as distraiam, enquanto os adultos podem ter as suas reuniões sem perturbação. Em muitos lugares, realizam-se atividades interessantes, a fim de que as crianças sejam usadas literalmente como “iscas” para atrair os peixes maiores, os seus pais.
  • Por falta de visão, não há investimento na evangelização e no discipulado das crianças. Lamentavelmente há falta de:

1. Pessoas bem treinadas. Parece que, para muitos, qualquer pessoa serve para orientar as crianças. Infelizmente, com tal entendimento fica aberta uma porta para que ensinos sem qualquer conteúdo bíblico sejam ensinados à nova geração.
2. Materiais de qualidade, com conteúdo adequado a cada idade.
3. Currículo inteligente e prático.
4. Ambiente acolhedor e apropriado.

      Que saibamos analisar e compreender que todos estes fatos afetarão o futuro das crianças. Que futuro terão? Há mudanças substanciais e estruturais que devem ser implementadas urgentemente! Seja você um agente dessas mudanças!

— FILÓSOFO, POR QUE PERGUNTAS PELAS CRIANÇAS?
— PORQUE O FUTURO DEPENDE DESTAS CRIANÇAS!

Quando a criança será devidamente considerada? Este quadro precisa ser mudado em todas as dimensões apresentadas acima. É urgente que surjam líderes – homens e mulheres – que dediquem a sua atenção, com maior diligência, para o desenvolvimento físico, emocional, intelectual, cultural, moral e espiritual das crianças. O período da infância passa muito rápido. Hoje há um desgaste tão grande na resolução de conflitos que afloram na fase da adolescência. Ah! Se todos tivessem pensado antes, e preparado as crianças para chegarem bem nesta etapa de suas vidas.

Se alguém deseja trabalhar por um futuro melhor é urgente trabalhar melhor com as crianças que estão hoje em suas mãos. Amanhã será tarde demais. A recomendação da Palavra de Deus é cristalina: “Ensine a criança no caminho em que deve andar, e ainda quando for velho não se desviará dele” (Provérbios 22.6).

Evidentemente, é tempo de confessarmos nossas faltas e negligências, como crentes, como líderes, como pais, e buscarmos o Senhor de todo coração, para caminharmos neste ano empenhados, acima de tudo, em conhecer mais o Senhor e a Sua Palavra, e nos submetermos mais ao Senhor e à Sua Palavra. Desta forma, caminhemos muito mais dedicados também a mostrar às crianças “que somente a cruz de Cristo pode salvar” (Gálatas 6.12).

Oremos para que possamos ver cada criança seguindo os passos de Jesus, Aquele que desde pequenino “crescia em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e dos homens” (Lucas 2.52). Oremos também por nós mesmos, para que jamais nos esqueçamos de que é urgente evangelizar as crianças!

Não sabe como fazer ou por onde começar? Informe-se. Há muitas estratégias e ministérios que podem ser desenvolvidos a fim de que, diante da pergunta: “Onde estão as crianças?”, a resposta possa ser: “Estão salvas em Cristo Jesus!”

Aí, sim, haverá bom futuro! Não só um futuro melhor para o tempo tão breve da existência humana aqui na Terra, mas um futuro cheio de esperança por toda a eternidade!

Pr. Gilberto Celeti
Missionário professor, palestrante e escritor
Servindo a Deus na APEC/Brasil desde dezembro de 1973
gilceleti@gmail.com
WhatsApp: +55 (11) 98350-1474

Livros para pais e professores – Lições para usar com as crianças
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A ALIANÇA PRÓ EVANGELIZAÇÃO DAS CRIANÇAS – APEC

É uma missão internacional, fundamentada na Bíblia, dedicada a evangelizar crianças, discipulá-las e integrá-las numa igreja reconhecidamente evangélica.

A APEC existe para cooperar com as igrejas na evangelização e discipulado das crianças através de:
1. Realização dos mais variados ministérios com as crianças
2. Treinamento e capacitação de professores e obreiros
3. Produção e distribuição de material didático e de apoio

Foi organizada em 1937, em Chicago (EUA). A sede internacional da missão (que em inglês se chama Child Evangelism Fellowship) está localizada atualmente na cidade de Warrenton, no estado de Missouri (EUA). O fundador da APEC, Jesse Irwin Overholtzer possuía a visão do mundo e orava diante de um globo pelas crianças de cada país. A visão se espalhou e hoje a organização se transformou em uma obra missionária mundial, que está em todos os continentes e reúne milhares de missionários.

O Brasil foi o primeiro país, depois dos Estados Unidos, a ter o ministério da APEC. Aqui, o trabalho começou no ano de 1941. Esta é uma obra de fé. Os obreiros e a obra são sustentados pelas orações e ofertas do povo de Deus.

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