quinta-feira, 28 de dezembro de 2023

CONSTRUTORES DE MUROS: 09 - OS MUROS SEGUROS DO AMOR DE DEUS

 Terminamos o artigo anterior falando da necessidade imperiosa de que as crianças conheçam a mensagem do evangelho e, desta forma, sejam conduzidas pelo Espírito de Deus a crer em Jesus Cristo, recebendo-O como seu Senhor e Salvador.


É preciso considerar a realidade da queda do homem, que ocasionou a entrada do pecado no mundo. Que tragédia! Adão e Eva deixaram de atender à voz do Criador para dar ouvidos à voz da serpente. Indiscutivelmente, desde então, é isto que vem acontecendo a cada pessoa ao longo de toda a história humana.

Em nossos dias, observamos nitidamente as marcas da queda nos seguintes fatos:

  • A família desestruturada e enfraquecida.
  • A violência assustadoramente aumentada.
  • A moralidade desaparecida, dando lugar às mais absurdas perversões sexuais.
  • A busca equivocada de felicidade no alcoolismo, droga, riqueza, egoísmo, poder, status etc.

Bem que podemos afirmar que os muros do altruísmo, do idealismo, do amor que se doa pelo outro, desinteressadamente, simplesmente ruíram, e vemos surgir uma geração que não encontra nada pelo que vale a pena lutar.

Por que isso acontece com a nova geração? Para encontrar a resposta, examinemos as palavras do salmista Asafe: “O que ouvimos e aprendemos, o que os nossos pais nos contaram, não o encobriremos a seus filhos; contaremos à geração vindoura os louvores do Senhor, e o seu poder, e as maravilhas que fez” (Salmo 78.3, 4). Vale a pena ler o restante do salmo!

Em toda a história encontramos a mesma falha: pais, que conhecem ao Senhor, não O obedecem quanto à ordem clara de transmitir aos seus filhos os louvores do Senhor, o Seu poder e as maravilhas que Deus realiza. Lamentavelmente, pela falha dos pais, os filhos não são conduzidos a Jesus Cristo – Aquele que é o Caminho pelo qual devem andar, a Verdade, pela qual devem lutar, a Vida pela qual devem viver.

Precisamos hoje, com urgência, de pais construtores de muros! Precisamos de pais que entendam que sua prioridade é conduzir seus filhos ao Senhor. Tais pais vão proporcionar aos filhos o seguinte:

EM 1º LUGAR – QUE CONHEÇAM E EXPERIMENTEM O AMOR DE DEUS.

            Dois versículos bem conhecidos são: “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3.16); e “Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco, pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores” (Romanos 5.8).

Os pais precisam desfrutar do amor de Deus em suas próprias vidas, tendo a Cristo Jesus como seu Salvador pessoal, e então demonstrar este amor na esfera no lar, quando seus filhos são pequeninos. Quando os pais compartilham sobre o amor de Deus aos pequenos e vivem uma vida de compromisso com a Palavra, isso faz grande diferença na formação das crianças.

            O sábio autor de Provérbios escreveu: “O que retém a vara aborrece a seu filho, mas o que o ama, cedo o disciplina”“A vara e a disciplina dão sabedoria, mas a criança entregue a si mesma vem a envergonhar a sua mãe” (Provérbios 13.24; 29.15).

Uma prova de amor genuíno passa por uma postura de responsabilidade na criação dos filhos, jamais deixando-os entregues a si mesmos, pelo contrário, estabelecendo as regras e os limites, disciplinando os filhos, caso as regras e limites sejam quebrados. Isto é amor; amor que trabalha para eliminar o egocentrismo do coração da criança.

Gastar tempo com os filhos em atividades como brincar, passear, comer, conversar e, acima de tudo, cultuar a Deus também é prova de amor. Se isto for assumido com responsabilidade, evitará que muito do tempo da criança seja gasto inutilmente, sob a influência da mídia, tão perniciosa.

Há ainda outra maneira de provar o amor: conduzir os próprios filhos a receber Jesus como seu Salvador pessoal, fazendo-os entender o que é pecado, que eles são pecadores por natureza, quem é Deus, quem é Jesus Cristo e que a solução divina para o problema do pecado foi a vinda do Filho Unigênito de Deus; Sua vida perfeita, sem pecado; Seu sofrimento e morte na cruz; Sua ressurreição e a realidade de que “Deus o fez pecado por nós, para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus” (2 Coríntios 5.21).

Esteja preparado para apresentar a mensagem do Evangelho às crianças.  Há um método bem prático, e que tem se mostrado eficiente. É conhecido como o Método das Cores, ou usualmente chamado também de Livrinho sem Palavras, contendo apenas páginas com cinco diferentes cores (dourada, preta, vermelha, branca e verde). As verdades da mensagem de salvação podem facilmente ser apresentadas, associadas a cada cor:

1. Dourada (ou amarela): a fonte da salvação. Relacione a cor com o Céu (as ruas de ouro) onde Deus está, e continue falando do Senhor: que ele é o Criador, que é santo e que nos ama.

2. Preta (ou escura): a necessidade da salvação. O pecado separa a pessoa de Deus; o pecador está na escuridão do pecado (João 8.12); dê exemplos de pecado (mentir, desobedecer, roubar, brigar); fale da necessidade da salvação e do castigo pelo pecado.

3. Vermelha: o pecado precisa ser castigado. Jesus Cristo foi castigado na cruz, como nosso substituto. Explique sobre a provisão de Deus para a nossa salvação. Jesus foi o sacrifício perfeito. Fale sobre a Sua morte e a Sua ressurreição.

4. Branca: Jesus Cristo pode salvar o pecador e dar-lhe uma nova vida. Dê oportunidade para a criança receber a salvação (ou se apropriar), pela fé. Oriente-a a falar com o Senhor Jesus em oração, fazendo logo após a verificação e completando com o aconselhamento.

5. Verde: os primeiros passos para o crescimento na nova vida. Fale de maneira simples e direta sobre a importância de ler a Bíblia, orar, confessar os pecados e frequentar uma igreja.

Uma criança, mesmo bem pequenina, devidamente orientada, pode ser tocada pelo Espírito Santo e receber a Cristo como seu Salvador. Eis aí uma criança feliz, porque sabe que é amada, não apenas por seus pais mas também pelo próprio Pai celestial. Ela sabe também que, por ser agora filha de Deus, pertence a uma família muito mais ampla, a família de Deus, a Igreja do Senhor.

Este será o tema do próximo artigo. É assim que podemos ser construtores de muros.

Não deixe de ler a continuação no próximo texto.

Pr. Gilberto Celeti
Missionário na APEC, professor, palestrante e escritor

Livros para pais e professores – Lições para usar com as crianças
Acesse aqui a Loja Virtual da APEC

Poesias – Acesse aqui a Loja Virtual da BUNKER

Deixe mais abaixo o seu comentário

segunda-feira, 25 de dezembro de 2023

CONSTRUTORES DE MUROS: 08 - INCULCANDO OS ABSOLUTOS DE DEUS

 


Precisamos aprender e ensinar às próximas gerações a importância de viver contente em toda e qualquer situação, como foi registrado pelo apóstolo Paulo: “Aprendi a viver contente em toda e qualquer situação. Sei o que é passar necessidade e sei também o que é ter em abundância; aprendi o segredo de toda e qualquer circunstância, tanto de estar alimentado como de ter fome, tanto de ter em abundância como de passar necessidade. Tudo posso naquele que me fortalece” (Filipenses 4.11-13).

No texto anterior, consideramos o 8º Mandamento de Deus – “Não furte” (Deuteronômio 5.19) – que faz parte da SEXTA PEDRA. Precisamos ter esta pedra bem firmada no muro da devoção e do amor a Deus, a qual mostra que Deus quer que nos contentemos com o que temos. Dentro deste mesmo tema e princípio, podemos incluir mais um mandamento de Deus:

O 10º Mandamento – “Não cobice a mulher do seu próximo. Não deseje a casa do seu próximo, nem o seu campo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma que pertença ao seu próximo” (Deuteronômio 5.21).

Deus quer que cada um de nós seja grato por todas as coisas boas que Ele nos tem dado. Não há necessidade de roubar e nem cobiçar. Cobiçar é desejar no coração ter algo que alguém tem, é ter inveja de uma pessoa, desejando ter o que ela tem. A cobiça pode levar ao roubo.

Pode ser que uma pessoa não roube algo de fato, mas ela quebra o mandamento de Deus por ter pensamentos cobiçosos, desejando coisas, pois não está satisfeita com o que Deus lhe dá.

Claro que não há problema nenhum em querer coisas boas, mas Deus não quer que continuamente desejemos e desejemos ter mais e mais coisas. Também não é errado desejar obter coisas melhores, mas é errado ter inveja das pessoas que têm coisas melhores que nós. É claro que podemos gostar de alguma coisa que pertence a alguém, mas não podemos nos sentir infelizes, ciumentos e invejosos pelo fato de não possuirmos tudo o que desejamos.

É difícil não quebrar este mandamento de Deus que diz para não cobiçarmos. As propagandas que vemos todos os dias dizem que só poderemos ser felizes se tivermos o que nos oferecem: “Compre um carro maior!”; “Você precisa de um celular mais atualizado!”; “Viaje e desfrute de férias maravilhosas!” ou “Troque os móveis da sua sala de visitas!”. As pessoas não precisam destas coisas, ou talvez não podem tê-las imediatamente, mas ficam cobiçando-as. Quando estiver lendo ou assistindo a uma propaganda, é preciso fazer estas perguntas:

  • Esta propaganda me leva a ficar descontente com todas as coisas boas que Deus tem me dado?
  • Esta propaganda me leva a ficar com inveja dos outros e a ser ganancioso?

Tenha cuidado com tudo que assiste ou lê. Histórias românticas mostram, em sua maioria, que não há problema em cobiçar a mulher do próximo. Indiretamente, tal história pode levar uma pessoa a agir como os personagens dela e assim quebrar este mandamento.

INCULCANDO NAS CRIANÇAS OS ABSOLUTOS DE DEUS

Nos dias atuais, as crianças vivem no meio de pessoas que rejeitam os preceitos absolutos de Deus, em relação ao que é certo e errado. Por isso, é muito importante e necessário ensinar a elas o que temos visto nesta série sobre os Dez Mandamentos, colocando cada pedra para formar um muro de proteção.

Vemos que as pessoas consideram que o que é moralmente certo e bom para uma pessoa pode ser errado e ruim para outra; o que é aceitável e certo em uma cultura ou em um tempo pode ser inapropriado ou errado em outro cenário ou em outra cultura. De fato, manter padrões morais absolutos não “está na moda”, ainda que seja isso que a Bíblia claramente ensine.

Ao colocar estas pedras, na construção dos muros, procurando ensinar e aplicar os Dez Mandamentos para a compreensão da criança, procure também ajudá-la a pensar no futuro, quando ela estará mais crescida. Por exemplo, ao falar sobre o sexto mandamento, “Não matarás”, mencione brevemente sobre aborto, eutanásia e suicídio.

Quando ensinar sobre o décimo mandamento – “Não cobiçarás”, mostre o perigo do consumismo, veiculado por meio de propagandas, e ensine a criança a orar por seu futuro cônjuge e sua futura família. Se nós, os filhos de Deus, não ensinarmos os princípios morais bíblicos para as crianças, o mundo encherá a vida delas com valores falsos.

Muitas crianças têm amigos, cujas mães talvez tenham feito um aborto. As crianças também convivem com amigos, cujos lares estão divididos por causa de divórcio. Talvez dentro da própria família elas convivam com esses problemas. Temos que tratar desses assuntos com muita oração e sensibilidade.

Voltemos à afirmação de Lutero: “Ninguém deveria tornar-se pai a menos que seja capaz de instruir os seus filhos nos Dez Mandamentos e nos Evangelhos, e que, antes de tudo, deseje que os seus filhos sejam instruídos nas realidades espirituais”. É imperioso também que sejamos capazes de instruir as crianças nos ensinos de Jesus Cristo, como estão registrados nos Evangelhos e, primordialmente, ensinar a boa nova da salvação, “que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras]’ (1 Coríntios 15.3, 4).

Vale a pena lembrar das palavras de Paulo, registradas em Gálatas 3.24: “De maneira que a lei nos serviu de aio para nos conduzir a Cristo, a fim de que fôssemos justificados por fé”. Nossas crianças, sendo bem instruídas nos Dez Mandamentos, perceberão, pelo toque do Espírito Santo – que convence “do pecado, da justiça e do juízo” (João 16.8) –, a necessidade que têm de crer em Jesus Cristo, recebendo-O como seu Senhor e Salvador.

Este será o tema do próximo artigo. É assim que podemos ser construtores de muros.

Não deixe de ler a continuação no próximo texto.

Pr. Gilberto Celeti
Missionário na APEC, professor, palestrante e escritor

Livros para pais e professores – Lições para usar com as crianças
Acesse aqui a Loja Virtual da APEC

Poesias – Acesse aqui a Loja Virtual da BUNKER

Deixe mais abaixo o seu comentário

quinta-feira, 14 de dezembro de 2023

CONSTRUTORES DE MUROS - 07: UMA NOVA PEDRA

 Vivemos dias de perversidade, de intolerância e de violência, nos quais fica evidente que muitas pessoas perderam a noção do que é certo ou errado. Tais pessoas sentem, pensam, falam e agem como se Deus não existisse. Mais e mais se vê que uma imensa parte da sociedade virou as costas para Deus. Observamos, no dia a dia, nas leituras, nas notícias, nos filmes e nos relacionamentos a atitude pecaminosa de tratar mal e mesmo prejudicar as pessoas que estão próximas, e até tratar mal e prejudicar-se a si mesmo.


No texto anterior, começamos a falar da importância da QUINTA PEDRA neste muro de proteção para as novas gerações: Deus quer que saibamos que Ele conhece os nossos pensamentos e ações. Analisamos ali o 6º Mandamento“Não mate” (Deuteronômio 5.17). Continuemos pensando nesta quinta pedra, examinando o 

7º Mandamento – “Não cometa adultério” (Deuteronômio 5.18).

Lemos em Gênesis 2.24: “Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e eles se tornarão uma só carne”. Um homem e uma mulher devem se casar e viver juntos. Um deve amar, ajudar e encorajar o outro. Eles devem ter filhos e devem ser pais carinhosos para eles. Esse é o plano maravilhoso de Deus para a família!

Quando um homem deixa sua esposa e passa a viver maritalmente com outra mulher, ele comete adultério. Quando uma mulher deixa seu marido e passa a viver maritalmente com outro homem, ela comete adultério. Deus não deseja que os filhos precisem aprender a conviver com dois pais ou duas mães. Deus não planejou a família dessa maneira. Certamente, porém, Deus ama a todos, até mesmo aos que ainda não obedecem às Suas leis. O Senhor “é paciente com vocês, não querendo que ninguém pereça, mas que todos cheguem ao arrependimento” (2 Pedro 3.9).

O princípio estabelecido por Deus é que se una um homem a uma mulher. Unir um homem a outro homem ou uma mulher a outra mulher é um erro fatal, que definitivamente não é aprovado por Deus.

Jesus explicou que pensamentos impuros são tão ruins quanto adultério. No Sermão do Monte, Jesus ensinou, com toda autoridade e seriedade: “Vocês ouviram o que foi dito: ‘Não cometa adultério.’ Eu, porém, lhes digo: todo o que olhar para uma mulher com intenção impura, já cometeu adultério com ela no seu coração. Se o seu olho direito leva você a tropeçar, arranque-o e jogue-o fora. Pois é preferível você perder uma parte do seu corpo do que ter o corpo inteiro lançado no inferno. E, se a sua mão direita leva você a tropeçar, corte-a e jogue-a fora. Pois é preferível você perder uma parte do seu corpo do que o corpo inteiro ir para o inferno” (Mateus 5.27-30).

Olhar com intenção impura significa ter pensamentos sujos. Esses pensamentos também vêm à nossa mente quando olhamos uma imagem sexy ou pornográfica, em filmes, em revistas ou na Internet. Sabemos muito bem que não devemos ver tais imagens e precisamos vigiar os nossos olhos, para não quebrarmos o sétimo mandamento. Jesus também disse: “Os olhos são a lâmpada do corpo. Se os seus olhos forem bons, todo o seu corpo será cheio de luz; se, porém, os seus olhos forem maus, todo o seu corpo estará em trevas. Portanto, se a luz que existe em você são trevas, que grandes trevas serão!” (Mateus 6.22, 23).

Veja só que oportuna e sábia é esta frase de Lutero: “Não podemos impedir que os pássaros voem sobre as nossas cabeças, mas podemos impedir que eles façam ninhos sobre elas. Assim também não podemos nos livrar de sermos tentados, mas podemos lutar para não cairmos em tentações.”

A tentação, como um pensamento de raiva ou um pensamento impuro, é como uma flecha que Satanás atira em nossa mente ou como um pássaro que voa sobre nossa cabeça. Ensinemos as nossas crianças a não deixarem estes pensamentos permanecerem, mas ocuparem a mente com o que é agradável diante de Deus.

Continuando a considerar as pedras que devem ser bem colocadas no MURO de proteção para a nova geração, vejamos mais esta pedra:

SEXTA PEDRA – DEUS QUER QUE NOS CONTENTEMOS COM O QUE TEMOS.

Ao estudarmos na Escritura Sagrada o texto dos “Dez Mandamentos “, que precisam ser bem ensinados para as crianças, vamos colocar uma pedra que reflete o seguinte conceito: Deus quer que nos contentemos com o que temos. Esta verdade fica patente ao examinarmos tanto o oitavo como o décimo mandamentos. Vejamos primeiramente o …

8º Mandamento – “Não furte” (Deuteronômio 5.19).

Como estão desmoronados em nossa sociedade os muros da integridade! Uma palavra que se ouve todo dia é “corrupção”. O roubo tem se tornado algo bastante comum. Às vezes, tomamos conhecimento do roubo de coisas pequenas, como canetas ou borrachas; às vezes, ouvimos sobre o roubo de coisas maiores, como celulares, ou ainda de maior valor, como carros. Outras vezes, acontecem roubos escandalosos, como os roubos bilionários a instituições, ou os praticados por indivíduos que desviam dinheiro do governo para si mesmos. Roubar é quebrar este mandamento de Deus.

A orientação da Palavra de Deus é muito clara: “Aquele que roubava não roube mais; pelo contrário, trabalhe, fazendo com as próprias mãos o que é bom, para que tenha o que repartir com o necessitado” (Efésios 4.28).

Precisamos aprender a viver contentes em toda e qualquer situação, trabalhando e confiando que Deus nos dará tudo o que precisamos, o “pão de cada dia”. Para que furtar? Para que desejar ficar rico? Que possamos aprender e ensinar aos nossos filhos e netos esta preciosa verdade:

“Porque nada trouxemos para o mundo, nem coisa alguma podemos levar dele. Tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes. Mas os que querem ficar ricos caem em tentação, em armadilhas e em muitos desejos insensatos e nocivos, que levam as pessoas a se afundar na ruína e na perdição. Porque o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e atormentaram a si mesmos com muitas dores” (1 Timóteo 6.7-10).

Não deixe de ler a continuação no próximo texto.

Pr. Gilberto Celeti
Missionário na APEC, professor, palestrante e escritor

Livros para pais e professores – Lições para usar com as crianças
Acesse aqui a Loja Virtual da APEC

Poesias – Acesse aqui a Loja Virtual da BUNKER

Deixe mais abaixo o seu comentário

quinta-feira, 7 de dezembro de 2023

SENHOR, SALVE MEUS TRINETOS

Sexta-feira - Dia de matéria com o Tema : Crianças - Desafio Missionário!"
Interrompo hoje a série "Construtores de Muros" para postar este artigo especial, comemorando o 08 de dezembro - Dia Nacional da Família! 

O que podemos aprender com a oração de Charles Spurgeon pelos seus descendentes?

No finalzinho de novembro recebi do meu irmão Gerson Celeti esta mensagem:

Há um bom tempo que recebo excelentes artigos de um dos pensadores cristãos mais prolíficos em vários campos da teologia, o Trevin Wax. Recebi este texto que ele me autorizou para traduzir e repassar, especialmente para você distribuir na sua rede de contatos do Brasil. Penso que será uma inspiração para milhares de chefes de família da igreja evangélica brasileira. O futuro de nosso país depende deste tipo de intercessão.

Com um forte abraço, do seu irmão duas vezes,
Gerson    

Resolvi postar este precioso artigo hoje, dia 08 de dezembro, que é o Dia Nacional da Família no Brasil. Esta data foi estabelecida legalmente pelo Decreto de Lei nº 52.748, no dia 24 de outubro de 1963, como uma forma de homenagear a “instituição familiar” e seu importante papel na vida em sociedade.


Concordo com o que disse meu irmão: O futuro de nosso país depende deste tipo de intercessão, que o Trevin Wax, nos desafia. Vamos diariamente orar:

SENHOR, SALVE MEUS TRINETOS
O que podemos aprender com a oração de Charles Spurgeon pelos seus descendentes?

Autor: Trevin Wax
Tradução: Gerson Celeti

Há alguns anos, estive em Londres para uma conferência em homenagem ao maior pregador batista do século 19, Charles Spurgeon. Um ponto alto dessa viagem foi visitar o túmulo de Spurgeon junto com Susannah Spurgeon e seus filhos. Susannah é trineta de Charles Spurgeon; uma crente fiel, cuja família ama a Deus  e tem em alta estima a Sua Palavra. Na conferência, enquanto se dirigia aos presentes, ela rememorou o relato de seu tetravô sobre sua conversão, quase se engasgando ao ler sobre a noite em que ele foi salvo.

RESPOSTA VISÍVEL A UMA ORAÇÃO ANTIGA

Por mais especial que tenha sido esse momento, nada poderia ter me preparado para o impacto do que viria a seguir. Era 1º de agosto. Lá estávamos em Londres, quase 130 anos depois da morte de Spurgeon, e Susannah decidiu ler uma das orações que ele havia composto para um devocional, datada daquele mesmo dia. Aqui está o que Charles Spurgeon orou:

Ó, Senhor, Tu fizeste aliança comigo, Teu servo, em Cristo Jesus, meu Senhor; e agora, eu Te suplico, que meus filhos sejam incluídos em Tuas graciosas provisões. Permita-me crer nesta promessa feita a mim e a Abraão. Sei que meus filhos nascem no pecado e são formados na iniquidade, assim como os de outros homens; portanto, não peço nada em razão de seu nascimento, pois bem sei que “o que é nascido da carne é carne” e nada mais. Senhor, faze-os nascer sob a Tua aliança de graça pelo Teu Espírito Santo! Oro pelos meus descendentes ao longo de todas as gerações. Sê Tu o seu Deus como Tu és o meu. A minha maior honra é que me permitiste servir-Te; que a minha descendência Te sirva em todos os anos vindouros. Ó Deus de Abraão, sê o Deus do Teu Isaque! Ó Deus de Ana, acolhe Samuel!’

Esta foi uma oração de Charles Spurgeon por sua prole, por seus descendentes ainda não nascidos. Quando você lê essas palavras em voz alta, não pode deixar de sentir o anseio dele pelo bem-estar espiritual de netos e bisnetos. Ele estava orando pelas gerações futuras.

Anos se passaram. Décadas. Mais de um século. Mas lá, em Londres, ouvi aquelas palavras lidas pela trineta de Spurgeon – a personificação viva da resposta de Deus àquelas orações dos anos 1800.

PARA AS GERAÇÕES FUTURAS

Uma das canções cristãs dos anos 1990 que me marcou foi “Para as Gerações Futuras (4Him)”. É sobre a importância de manter a fé, não importando os ventos culturais que soprem, não apenas para o bem dos que estão vivos hoje, mas também para as gerações futuras.

Não nos dobraremos e não vamos quebrar Não vamos diluir nossa fé,
Não nos comprometeremos com um mundo de desespero. O que foi não podemos mudar,
Mas para amanhã e hoje,
Temos de ser uma luz para as gerações futuras.

Outra canção da mesma época expressava um sentimento semelhante: “Encontre-nos Fiéis (Steve Green)”. A letra pinta um retrato daqueles que nos antecederam, a nuvem de testemunhas que nos rodeia, torcendo por nós, enquanto corremos a carreira proposta. O coro, então, imagina o momento em que estaremos nessa nuvem e o legado que deixaremos para aqueles que correrem a corrida no futuro.

Que todos os que vêm atrás de nós nos encontrem fiéis,
Que o fogo da nossa devoção ilumine o caminho deles;
Que as pegadas que deixamos os levem a crer

E as vidas que vivemos os inspirem a obedecer.

Ambas as canções são marcantes pela responsabilidade que colocam no crente hoje. Temos de ser uma luz. Devemos ser fiéis. A forma como vivemos hoje é importante para o amanhã. Tudo isso é verdade. Mas a ênfase nas Escrituras recai mais sobre uma santa inquietação para que Deus seja fiel em nos guardar e preservar nossos descendentes. Qualquer exemplo fiel que deixamos deve-se à fidelidade de Deus em nos preservar. E isso me lembra uma canção que encontramos nas Escrituras.

O CÂNTICO DE ZACARIAS

Em Lucas 1, o cântico de Zacarias (pai de João Batista) expressa alegria e gratidão a Deus como Aquele que cumpre suas promessas. Ele celebra a salvação prometida por Deus através da linhagem de Davi, cantando de alegria como se estivesse com os braços vibrando no ar, porque Deus é bom a fim de salvar seu povo de seus inimigos e das mãos daqueles que os odeiam. Deus está lidando misericordiosamente com o  povo de Israel por amor aos seus antepassados.

O nome de Zacarias significa “Deus se lembra”. Muito apropriado, não é? É por isso que Zacarias louva a Deus. Deus se lembra de você e cumpre as promessas dEle a você. Melhor ainda, Ele cumpre as promessas que fez aos nossos antepassados, aos que nos antecederam. Deus se lembra de cada oração que sua mãe fez por você, de cada oração que seu avô fez em seu favor, de todas as orações que homens e mulheres piedosos de outrora fizeram por seus descendentes.

No final dos anos 300, quando Ambrósio, o bispo de Milão, viu o fervor e as lágrimas com que Mônica orava por seu filho, ficou tão emocionado que disse a ela: “É impossível que o filho de tantas lágrimas pereça”. Deus respondeu à oração de Mônica, não apenas concedendo a salvação ao filho dela, mas dando à igreja um dos maiores e mais influentes teólogos que já viveram: Agostinho de Hipona.

OREM PELOS QUE AINDA ESTÃO POR NASCER

Ainda hoje, quando cantamos hinos de louvor como “A Bênção”, com seu clamor para que o favor de Deus “esteja sobre nós, até mil gerações, sobre sua família e seus filhos, e filhos de seus filhos, e os filhos deles”, estamos nos apegando às promessas de Deus, confiando nEle não apenas para conosco hoje, mas para com aqueles que virão amanhã. E mesmo aqueles de nós, que Deus não pode abençoar com filhos, poderemos ainda ser pais e mães na fé, fazendo discípulos que farão discípulos, com netos e bisnetos espirituais que vão deixar um legado eterno.

Se é verdade que Deus responde à oração, se é verdade que Ele cumpre Suas promessas, se é verdade que – nas palavras do pastor puritano Thomas Boston – “Sua promessa se acorrenta às Suas misericórdias”, talvez devêssemos ampliar nossos horizontes, elevando nossos corações ao Senhor em nome de todos aqueles que seguirão nossos passos. Como Spurgeon, podemos orar não apenas por aqueles vivos hoje, mas por aqueles que correrão a carreira nas décadas e séculos depois de nós. Oremos por aqueles que ainda não nasceram para que, um dia, venham a nascer de novo. Ó, Senhor, salva os nossos filhos e os filhos dos nossos filhos!

Trevin Wax

O autor, Trevin Wax  é vice-presidente de pesquisa e desenvolvimento de recursos da Junta Norte-Americana de  Missões. Foi missionário na Romênia. Trevin é colunista regular da “The Gospel Coalition” e tem escrito para o The Washington Post, Religion News Service, World e Christianity Today, que o nomeou um dos 33 da geração Y que moldam a próxima geração de evangélicos. Você pode acessar alguns de seus artigos, em português, no link do TGC COALIZÃO PELO EVANGELHO/Brasil: https://coalizaopeloevangelho.org/profile/trevin-wax/

Ele tem ministrado cursos sobre missão e ministério no Wheaton College e tem lecionado sobre cristianismo e cultura na Universidade de Oxford. É professor visitante da Universidade Cedarville. Foi editor fundador do The Gospel Project. Foi também editor da Bíblia Padrão Cristão e é autor de vários livros, incluindo: O Prazer da Ortodoxia, O Líder Multidirecional, Repense Você, Este É Nosso Tempo e Ensino Centrado no Evangelho. Ele e a esposa, Corina, têm três filhos. Você pode segui-lo no Twitter ou Facebook.

O tradutor,  Gerson Celeti, missionário transcultural desde 1979, é leitor assíduo, há um ano, dos artigos semanais do Trevin e obteve dele a permissão para colocar esse texto em português para ser compartilhado no Brasil.

Deixe mais abaixo o seu comentário

E aceite este desafio: Ore pelos seus descendentes, muitos dos quais você nunca os conhecerá, aqui neste mundo, mas sim, na eternidade!