Um testemunho de Carmen Sílvia Musa Lício:
Estava de plantão no PS de um hospital, na zona sul de São Paulo, quando chegou uma moça passando mal. Perguntei o que aconteceu e a sua acompanhante me contou que ela havia tomado um remédio para provocar o aborto do feto que estava no seu ventre, de aproximadamente 2,5m de gestação.
Ela mal conseguia falar. Chamei o médico e contei o que aconteceu.
Como ela estava com muitas contrações, ele pediu para a levarmos para a Sala de Parto. Lá, após algumas contrações fortes, saiu o feto, ainda dentro da bolsa amniótica inteira, com o líquido amniótico.
Eu o peguei com a luva, enquanto o médico cuidava da paciente.
O feto não parava de se mexer, desesperado. Isto me chamou a atenção, pois parecia estar passando muito mal e se debatia sem parar, apavorado. Eu fiquei sem saber o que fazer, pois não havia o que pudesse fazer para salvar a sua vida, de aproximadamente 10 semanas.
Logo depois o médico veio ver e viu também o seu sofrimento…
Eu, para consolar o feto, envolvi as minhas duas mãos em volta dele, tentando aquece-lo e faze-lo sentir-se mais seguro. Ele se acomodou nas minhas mãos e morreu depois de poucos minutos…
Eu e o médico nos olhamos e lágrimas escorriam dos nossos olhos.
Nunca havia passado por uma situação destas e vi como os fetos, mesmo com menos de 3 meses de gestação, sofrem muito quando são abortados.
Nunca mais me esqueci desta história.
Agora querem que o aborto seja legalizado, pois é um ‘direito da gestante’. E o direito do pequeno ser humano, que nem consegue se defender?
Se não quer dar à luz, que evite a gestação usando camisinha, anticoncepcionais…
Depois que engravidou, que leve a gravidez até o final, e, se não o quiser, que o entregue para os familiares ou para adoção…
Carmen Sílvia Musa Lício
Carmen Sílvia Musa Lício nasceu em 15/09/1952 na Cidade de São Paulo/SP.
Filha de pastor (Wilson Nóbrega Lício), sobrinha de pastores (Mário Lício e Miguel Rizzo Jr), prima de outro pastor (Paulo Lício Rizzo), cresceu na Igreja Presbiteriana de Pinheiros, onde o seu pai foi pastor por 20 anos.
Converteu-se aos 17 anos, juntamente com a sua irmã, em um culto de despedida do missionário Haroldo Reimer, na Primeira Igreja Presbiteriana Independente de São Paulo. Isto aconteceu em 27 de Junho de 1970. Após pouco mais de 2 meses sua irmã Nilza Maria faleceu, aos 15 anos, em um acidente de carro, e isto mudou todo o rumo da sua vida. Resolveu então ser enfermeira para cuidar das pessoas, tanto física, quanto emocional e espiritualmente, levando o evangelho de Jesus por onde quer que fosse.
Agora, já aposentada, dedica-se mais a escrever crônicas, poemas, alguns livros e a compor alguns corinhos, além de auxiliar, de alguma forma, a quem a procura solicitando algum aconselhamento espiritual para a sua vida.
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SER ENFERMEIRO
Ser enfermeiro é uma missão
Envolve a alma, o coração
É cuidar dos que necessitam
De um cuidado, de uma atenção
Ser enfermeiro por vocação
É um dom maior
É cuidar de todos
Sem exceção
Depois de tantos anos
De pura dedicação
Missão comprida
Missão cumprida
Sensação de paz
No coração
Dever cumprido
Com muitas lágrimas
Muitos sorrisos
Muito trabalho
Muita emoção
Enfermeiro não se aposenta
Só não mais se arrebenta
Faz o que pode ao seu redor
Continua sempre a tentar cuidar
Dar conselhos, tentar ajudar.
By Carmen, a Musa
Após 42 anos de formação
2017
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