domingo, 18 de fevereiro de 2024

CONSTRUTORES DE MUROS - 16: CONCLUSÃO

 Iniciamos esta série fazendo algumas considerações sobre o significado da palavra “geração” e registramos esta súplica: Capacita-nos, ó Deus, para que sejamos instrumentos do Senhor levando muitos, independentemente da idade, a abandonarem os seus maus caminhos, deixando de ser uma geração obstinada e rebelde, a fim de se tornarem parte da geração que busca o Senhor”.


Uma geração passa rapidamente. Comunicar a verdade de Deus à geração seguinte continua sendo uma ação de máxima urgência e máxima prioridade. Concluindo esta série, há ainda uma última consideração a ser feita:

Esta ação, de comunicar a verdade de Deus à nova geração, por si só, não é garantia de resultado. Não significa que, de maneira automática, pelo fato de haver a transmissão do ensino à criança, essa criança seguirá no caminho do Senhor.

AS ESCOLHAS QUE CADA UM FAZ

            Há crianças de um mesmo lar, que receberam o mesmo ensino, entretanto seguiram caminhos opostos. Talvez o exemplo mais significativo seja o dos dois primeiros meninos mencionados na Bíblia: Caim e Abel. Eles viveram numa época em que as influências externas eram quase zero, convivendo apenas com os seus pais e os demais irmãos e irmãs mais novos. Tudo o que sabiam aprenderam diretamente de seus pais.

O que você imagina que Adão e Eva conversavam com os seus filhos? Eles provavelmente lhes contaram do período de tempo em que viveram no Éden, como fracassaram diante de Deus, como foram vestidos por Deus com peles de animais, como foram expulsos do jardim, como esperavam a promessa de Deus de que um dia um descendente esmagaria a cabeça da serpente, e tantas outras coisas.

            As vidas de Caim e Abel tomaram rumos distintos. De certa forma, eles representam os dois tipos de caminhos que as pessoas podem escolher, em qualquer época e em qualquer lugar. Há pessoas que seguem o caminho de Caim, afastando-se de Deus. Há pessoas que seguem o caminho de Abel, isto é, o caminho da verdade de Deus.

Devemos transmitir a verdade de Deus à nova geração, com toda a fidelidade, na expectativa de que o Espírito Santo de Deus fale ao coração de nossas crianças. Contudo, é preciso compreender que não é apenas a nossa ação que produzirá o resultado. Quem entenderá o que leva um coração a se voltar para Deus e outro coração a resistir ao Senhor? Quem entenderá o toque do Espírito de Deus que leva a criança a crer?

            Hoje, há muitos pais que choram por ver os seus filhos longe do caminho do Senhor. Às vezes, tais pais chegam a pensar que a Palavra de Deus “não funcionou”, quando consideram o texto de Provérbios 22.6: “Ensine a criança no caminho em que deve andar, e ainda quando for velho não se desviará dele”. Com certeza, não foi a Palavra de Deus que falhou.

Quem sabe, um exame sincero pode indicar algumas falhas da parte dos pais, que precisam ser corrigidas (por exemplo: faltou constância, faltou dar exemplo etc.). Eles podem buscar ao Senhor, arrependidos e dispostos a fazer as correções e os ajustes necessários. No entanto, jamais devem acreditar que a sua ação é que produzirá o resultado. Tal ação, seja ela qual for, será somente um meio que o Senhor usará, “porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém!” (Romanos 11.36).

A IMPORTÂNCIA DA ORAÇÃO INTERCESSÓRIA

            Àqueles, cujos filhos estão longe do caminho do Senhor, recomendo o recurso da oração intercessória. Sejamos como aquele pai que trouxe o seu filho possesso de um espírito mudo, dizendo a Jesus: “Se tu podes alguma coisa, tem compaixão de nós e ajuda-nos”. A história continua com a resposta de Jesus: “Se podes! Tudo é possível ao que crê”. Então, aquele pai exclamou com lágrimas: “Eu creio! Ajuda-me na minha falta de fé!” (Marcos 9.22-24).

No final da história se vê uma família abençoada com a libertação do filho das garras de Satanás.

            Conheço vários servos de Deus que testemunham ter sido criados e ensinados na Palavra de Deus desde a mais tenra infância, mas que, durante anos, andaram por caminhos que desagradavam a Deus. Como se voltaram para o Senhor? Tiveram pais que intercederam por eles. Em suas vidas cumpriu-se literalmente a realidade do texto de Isaías 55.11: “assim será a palavra que sair da minha boca: não voltará para mim vazia, mas fará o que me apraz e prosperará naquilo para que a designei.”

Ainda é tempo: 

  • De buscar o Senhor e a sua graça, em favor dos nossos filhos e netos! “Assim, pois, como diz o Espírito Santo: Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso coração” (Hebreus 3.7, 8).
  • De fazer escolhas sábias“Agora, pois, temei ao Senhor e servi-o com integridade e com fidelidade; deitai fora os deuses aos quais serviram os vossos pais dalém do Eufrates e no Egito e servi ao Senhor. Porém, se vos parece mal servir ao Senhor, escolhei hoje a quem sirvais; se aos deuses a quem serviram vossos pais que estavam dalém do Eufrates ou aos deuses dos amorreus em cuja terra habitais. Eu e a minha casa serviremos ao Senhor” (Josué 24.14, 15).
  • De orar como o salmista“Não me desampares, pois, ó Deus, até a minha velhice e às cãs; até que eu tenha declarado à presente geração a tua força e às vindouras o teu poder” (Salmos 71.18).

As crianças são importantes para Deus. Elas têm uma alma imortal e uma vida inteira pela frente. Elas ouvem e atendem à mensagem do evangelho mais prontamente do que qualquer outro grupo de pessoas. Construir um muro de proteção às crianças com as pedras da verdade de Deus, como vimos nesta série de estudos, é um dever que precisa ser encarado com muita responsabilidade.

Pr. Gilberto Celeti
Missionário na APEC, professor, palestrante e escritor
– – – – – – – – – –
AS CRIANÇAS PARA DEUS

Vamos, servos do Senhor, esta é hora!
As crianças alcancemos pra Jesus!
O evangelho anunciemos, sem demora!
Brilhe nesta escuridão a nossa luz!

Há investimento forte do inimigo,
Para dominar a mente das crianças;
Esta nova geração corre perigo,
O pecado tudo estraga e o mal avança.

E os meninos e as meninas alcançados
Ficarão alicerçados na verdade,
Serão homens e mulheres consagrados,
Uma bênção para toda a humanidade.

As crianças para Deus! Esta é nossa missão!
Norte, sul, leste, oeste, em cada estado,
Uniremos nossas mãos e coração
Pra Jesus, entre as crianças, ser pregado.

Gilberto Celeti

Esta poesia foi musicada e usada como hino oficial no 17º Congresso Nacional da Aliança Pró Evangelização das Crianças (APEC) em 2011.

Espero que estes 16 estudos, com o tema “Construtores de Muros”, tenham abençoado a sua vida, sua família e sua igreja.

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quinta-feira, 8 de fevereiro de 2024

CONSTRUTORES DE MUROS - 15

 Temos considerado o avanço do misticismo, que busca atrair a nova geração, e falamos que existem mais três pedras que precisam ser colocadas no muro de proteção às crianças. No estudo anterior, abordamos a primeira delas: Reconhecimento do poder sobrenatural de Deus.


Neste estudo, vamos tratar das outras duas pedras.

2ª PEDRA – RECONHECIMENTO DO PODER DA PALAVRA DE DEUS

Tristemente, observamos que a Palavra de Deus tem sido deixada de lado por milhões e milhões de pessoas. Apesar de ser um dos livros mais vendidos em todo o mundo, poucas pessoas leem a Bíblia diariamente e nela meditam.

Consideremos a respeito da vinda do anticristo, que ocorrerá em uma “onda de eventos sobrenaturais e milagrosos”, como está registrado em 2 Tessalonicenses 2.9: “Ora, o aparecimento do iníquo é segundo a ação de Satanás, com todo poder, sinais e prodígios da mentira”. Na sequência, lemos que a característica principal dos que serão enganados e perecerão será o fato de rejeitarem abertamente a Palavra de Deus. Diz o texto que eles “não acolheram o amor da verdade para serem salvos. É por este motivo que Deus lhes envia a operação do erro, para darem crédito à mentira” (2 Tessalonicenses 2.10, 11).

Por esta razão, a Palavra de Deus precisa ser amada, meditada, estudada, vivida e pregada. É para dias como os nossos que se aplica a recomendação do apóstolo Paulo: “Prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina. Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos; e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas” (2 Timóteo 4.2-4).

Se analisarmos, com bastante cuidado, as mensagens que ouvimos hoje em dia, vamos perceber como é raro o tipo de pregação que expõe e segue exatamente o texto e o contexto lido. É verdade que algumas mensagens têm conteúdo bíblico, embora não sigam exatamente um determinado texto da Bíblia. Entretanto, uma boa parte do que se prega nem pode ser classificada como uma mensagem, de fato, bíblica; o que se expõe são muito mais mensagens cheias de conselhos psicológicos, estimulando a autoestima e a autoajuda. As pessoas, hoje, querem ouvir mensagens confortadoras, que produzam alegria, bem-estar, satisfação, uma sensação agradável, um senso de triunfo, algo sensacional.

Por outro lado, quando a Bíblia é fielmente anunciada, destacando a verdade de Deus, então a Palavra, qual espada de dois gumes (como lemos em Hebreus 4.12, 13), penetra no mais íntimo da personalidade para mostrar o erro. E “não há criatura que não seja manifesta na sua presença; pelo contrário, todas as cousas estão descobertas e patentes aos olhos daquele a quem temos de prestar contas.”

A Palavra de Deus expõe com clareza aquilo que o homem é, não deixando nada encoberto. A Bíblia aponta o mal, desde a sua raiz. Mensagens não bíblicas acobertam o pecado, ao passo que mensagens bíblicas o expõe. E a Bíblia é, também, a única maneira de corrigir o que está errado. É um espelho que mostra o defeito, mas também tem o poder de corrigi-lo, de purificar o coração. O próprio Senhor Jesus foi quem disse: “Vós já estais limpos pela Palavra que vos tenho falado”. Que poder!

Em Tiago 1.21 lemos: “Despojando-vos de toda a impureza e acúmulo de maldade, acolhei com mansidão a palavra em vós implantada”. A Palavra acolhida no íntimo vai produzindo uma transformação total. É escondendo a palavra do Senhor no coração que podemos ter vitória sobre o pecado (Salmos 119.11-ARC). É também o poder da Palavra que produz a própria regeneração: “a fé vem pelo ouvir e ouvir a Palavra de Deus” (Romanos 10.17-ARC).

No ministério com as crianças, infelizmente, o tempo é gasto com muito teatrinho, filminho, historinha, musiquinha, lanchinho, fantochinho, mas falta ensino bíblico sério que inclua a memorização de versículos. É urgente que se levantem, em cada igreja, professores de crianças com visão e responsabilidade, que saibam transmitir lições bíblicas, com conteúdo, aos pequenos.

Só o conhecimento mais profundo da Palavra de Deus e a prática diária de seus ensinos podem nos preservar dos erros religiosos que assolam nossa época.

Outra pedra para ser bem colocada é:

3ª PEDRA – RECONHECIMENTO DO PODER DA GRAÇA DE DEUS

Nenhum de nós pode entender, com clareza e perfeição, o que significa a graça de Deus. “Pela graça vocês são salvos”, diz Efésios 2.8-NAA. Deus concede o seu favor tão imenso a pessoas que nada podem merecer.

Temos, da parte do Senhor, não somente a salvação pela graça, mas toda sorte de bênçãos em todas as áreas da vida. É pela graça que podemos viver uma vida santa e também ter vitória sobre as tentações, sobre os sofrimentos e sobre as dificuldades.

O apóstolo Paulo escreveu: “Então, ele me disse: A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo” (2 Coríntios 12.9).

Se olharmos para o capítulo 11 desta mesma carta, veremos uma lista dos sofrimentos pelos quais o apóstolo Paulo havia passado, por amor ao evangelho. É surpreendente: “…em trabalhos, muito mais; muito mais em prisões; em açoites, sem medida; em perigos de morte, muitas vezes. Cinco vezes recebi dos judeus uma quarentena de açoites menos um; fui três vezes fustigado com varas; uma vez apedrejado, em naufrágio três vezes, uma noite e um dia passei na voragem do mar; em jornadas muitas vezes, em perigos de rios, em perigos de salteadores, em perigos entre patrícios, em perigos entre gentios, em perigos na cidade, em perigos no deserto, em perigos no mar, em perigos entre falsos irmãos; em trabalhos e fadigas, em vigílias muitas vezes; em fome e sede, em jejuns muitas vezes; em frio e nudez. Além das cousas exteriores, há o que pesa sobre mim diariamente, a preocupação com todas as igrejas” (1 Coríntios 11.23-28).

Observamos ainda, no capítulo 12, que Paulo menciona o espinho na carne, pelo qual ele orou três vezes ao Senhor, pedindo que lhe fosse tirado. Talvez esse “espinho” fosse um problema de saúde, não sabemos com certeza. No entanto, para o apóstolo, o poder de desfrutar da graça de Deus era muito melhor do que o poder de simplesmente tirar o “espinho”.

Reconhecer o poder da graça de Deus é o caminho para que sejamos humildes e totalmente dependentes do Senhor.

Por causa do poder da graça do Senhor, podemos ainda encontrar razões para agradecer e louvar a Deus, quando as situações adversas e contrárias surgem, pois são nestas situações que o poder de Deus se manifesta em nossas vidas.

Em uma época em que o apelo é para se conseguir saúde, riqueza, prosperidade, curas, milagres, sinais e maravilhas, há um “pequenino rebanho” (Lucas 12.32) que se contenta com a maravilhosa graça de Deus e pode assim suportar as mais variadas tribulações.

Finalmente, nesta época de tanto misticismo e ocultismo, como Construtores de Muros necessitamos reconhecer:

  • O poder sobrenatural de Deus.
  • O poder da Palavra de Deus.
  • O poder da graça de Deus.

Que o Eterno Deus nos ajude a construir esses muros, de maneira que nossas crianças sejam conduzidas a estes mesmos reconhecimentos, na plena certeza de que o Senhor “é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos, ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós”; e nossa oração de louvor seja como a de Paulo: “a ele seja a glória, na igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o sempre. Amém” (Efésios 3.20, 21).

No próximo estudo concluiremos esta série. Não perca.

Pr. Gilberto Celeti
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quinta-feira, 1 de fevereiro de 2024

CONSTRUTORES DE MUROS - 14

 No artigo anterior consideramos o avanço do misticismo na sociedade atual e o interesse tão acentuado que os seus adeptos demonstram pelas crianças, buscando atraí-las para as práticas do ocultismo. No final do texto, diante de um quadro tão assustador, surgiu a pergunta: O que fazer? Destacamos, então, a necessidade de orarmos confiantemente ao Senhor para que pais, tios, avós, professores e líderes, todos nós, nos tornemos modelo para as crianças.


Existem mais três pedras que precisam ser colocadas no muro de proteção às crianças. Consideremos a primeira delas:

1ª PEDRA – RECONHECIMENTO DO PODER SOBRENATURAL DE DEUS.

O poder de Deus não está sujeito a nenhum tipo de lei ou esquema que alguém possa pretender descobrir ou encontrar. Não é possível alguém alegar conhecer uma fórmula mágica, um ritual, uma oração, uma determinação positiva, ou seja lá o que for, que infalivelmente possa “manipular” Deus para que Ele produza algum tipo de milagre.

Os filhos de Deus reconhecem que o nosso Deus transcendente, revelado pela Bíblia, está separado de tudo e de todos e age sempre de acordo com Sua vontade, que é soberana. A oração submissa dos filhos de Deus deve ser: Que Deus, em Sua infinita graça e bondade, desperte cristãos para viver cada dia, deste ano e desta década, não no aqui e agora, mas na perspectiva da eternidade. Prezado leitor, que você e eu sejamos cristãos que vivam dia a dia extasiados e gratos por contemplar os milagres de Deus, que enchem o coração de regozijo, de gratidão, de louvor e de adoração. Eis os milagres que deixam os cristãos maravilhados:

1 – O MILAGRE DA CRIAÇÃO – “Pela fé, entendemos que o universo foi formado pela palavra de Deus, de maneira que o visível veio a existir das coisas que não são visíveis” (Hebreus 11.3).

Contemplemos, admirados, o espaço infinito com as suas galáxias e também o nosso planeta Terra com as mais variadas formas de vida, dentre as quais a mais extraordinária é o ser humano, criado à imagem de Deus. Contemplemos, com deleite, a maneira perfeitamente ordeira como Deus mantém e sustenta tudo quanto existe. Que milagre pode ser comparado a este? Adoremos ao Criador e Sustentador do Universo!

Felizes são as crianças, cujos pais e educadores as conduzem a experiências de contatos com a criação, por exemplo fazendo um piquenique ao ar livre. O gramado, as flores, as árvores, os pássaros e até pequeninas formigas, tudo ao redor, sendo observado e mostrado como obra das mãos de Deus, leva as crianças a perceber a maravilha que é a criação.

Em algumas cidades, as crianças podem ser levadas até o planetário, para conhecer algo do magnífico espaço sideral, onde estrelas, cometas, planetas e satélites orbitam. Ou apenas aponte para um lindo céu estrelado e converse sobre a grandeza infinita das incontáveis galáxias.

Felizes são as crianças, cujos pais e educadores lhes transmitem os ensinos dos primeiros capítulos da Bíblia Sagrada, com entusiasmo, com sublimidade, mostrando-lhes como tudo veio a existir, pela vontade e pelo poder do Eterno Deus Criador. E que tenham sabedoria para mostrar a falácia, o engano, a mentira do ensino que supõe, sem qualquer fundamentação plausível, que todas as coisas surgiram por acaso.

2 – O MILAGRE DA ENCARNAÇÃO – “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez. … E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai” (João 1.1-3, 14).

Contemplemos, extasiados, o significado do Natal, o “grande mistério da piedade”, o Criador fazendo-se homem para nos redimir com o Seu precioso sangue. Que milagre pode ser comparado a este? Adoremos Àquele que recebeu o nome de Jesus, pois veio para salvar o seu povo dos pecados deles, e cujo nome é Emanuel, que significa Deus conosco!

A vida perfeita do Senhor Jesus é evidenciada por uma série de milagres:

a) o milagre de Seu nascimento virginal – “O Verbo se fez carne”.(João 1.14).

b) o milagre de Sua humanidade perfeita – “E habitou entre nós”; “Jesus andou por toda parte fazendo o bem …”; “Ele não cometeu pecado, nem foi encontrado engano em sua boca”. (João 1.14; Atos 10.38; 1 Pedro 2.22).

c) o milagre de Sua morte vicária – “Àquele que não conheceu pecado, Ele o fez pecado por nós” (2 Coríntios 5.21). Jesus foi nosso substituto, pagou o preço para a redenção, derramando o Seu precioso sangue.

d) o milagre de Sua ressurreição gloriosa – Era impossível que Ele fosse detido pela morte. A suprema força da grandeza do Poder de Deus foi exercida em Cristo, levantando-o dentre os mortos (conf. Atos 2.24; Efésios 1.19, 20).

e) o milagre de Sua ascensão, para assentar-Se à destra da Majestade nas alturas. Lá no trono, no comando deste universo, está Aquele que sustenta todas as coisas pela palavra do Seu poder (conf. Hebreus 1.3).

f) o milagre de Seu cuidado para conosco. Ele é o Advogado e o Sumo Sacerdote do crente, e faz todas as coisas contribuírem para o bem daqueles que amam a Deus e que são chamados segundo o Seu propósito (conf. 1 João 2.1; Romanos 8.28).

Felizes são as crianças, cujos pais e educadores as conduzem ao aprendizado sobre o nascimento do Senhor Jesus Cristo. Seu nascimento foi o cumprimento de dezenas de profecias escritas muitos séculos antes, que evidenciam que a própria Escritura é um verdadeiro milagre, e também a autenticam como a revelação de Deus aos homens. Desde o início, no terceiro capitulo do Gênesis, já é feita referência Àquele que nasceria para se tornar o Redentor. E esta promessa do seu nascimento foi repetidas vezes pronunciada. Conte a história do nascimento de Jesus, mostrando como ele cumpre literalmente todas estas promessas, de modo simplesmente maravilhoso e miraculoso.

3 – O MILAGRE DA REDENÇÃO – “Mas quando se manifestou a bondade de Deus, nosso Salvador, e o seu amor por todos, ele nos salvou, não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo a sua misericórdia. Ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo, que ele derramou sobre nós ricamente, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador, a fim de que, justificados por graça, nos tornemos seus herdeiros, segundo a esperança da vida eterna” (Tito 3.4-7).

Contemplemos, com o coração contrito, a ação do Espírito Santo que nos leva a crer na realidade da Criação, na realidade da Encarnação do Filho de Deus e na realidade da Obra de Jesus Cristo na cruz, derramando Seu sangue que nos purifica de todo pecado. Jesus, tendo sido sepultado, ao terceiro dia ressuscitou triunfantemente! E, enfim, nos enviou o Espírito Santo, que opera em nós o Novo Nascimento. Que milagre pode ser comparado a este? Adoremos Àquele que produz em nosso coração o fruto precioso do amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio.

O milagre da nossa redenção compreende uma série de milagres simultâneos:

a) o milagre da justificação pela fé, que é a salvação da penalidade do pecado – o perdão dos pecados com base na Obra perfeita realizada por Jesus Cristo na cruz do Calvário;

b) o milagre da santificação, que é a salvação do poder do pecado – a presença do Espírito Santo realizando Sua obra no coração do crente;

c) o milagre da glorificação, que é a salvação da presença do pecado – a transformação deste corpo corruptível, que ocorrerá na segunda vinda de Cristo. Os salvos que estiverem na sepultura ressuscitarão e os salvos que estiverem vivos serão arrebatados para encontrar com o Senhor, nos ares.

Felizes são as crianças, cujos pais e educadores as conduzem ao conhecimento de histórias reais sobre pessoas que tiveram suas vidas transformadas pela redenção que há em Cristo. Por exemplo, as histórias e lições que podem ser extraídas da vida de Zaqueu e de Saulo, que experimentaram milagres reais. Zaqueu foi transformado, passando de ladrão e avarento para ser um homem generoso. Saulo foi transformado de um perseguidor dos cristãos em um pregador, que passou até a ser perseguido. Estas vidas foram radicalmente transformadas pelo evangelho, isto é, as boas novas da salvação que há em Cristo Jesus.

Felizes são as crianças que também podem ter contato com pessoas de sua própria localidade, que tiveram suas vidas milagrosamente transformadas. É importante que elas conheçam os testemunhos de pessoas que viviam longe de Deus e se converteram. Mas é preciso aqui deixar um alerta. Não estou falando de um tipo de “milagre” que está na moda hoje: o milagre da cura de uma doença, o milagre de conseguir um bom emprego, o milagre de ter uma casa própria, o milagre de ter mais de um carro na garagem, o milagre da prosperidade, e vai por aí afora. Este tipo de milagre me causa “Milagrefobia”. É bom ser curado ou ter prosperidade, mas isto não acontece com todos os filhos de Deus. Muitas vezes, acontece com os ímpios. Estou falando do milagre da vida transformada, que leva o pecador perdido a ser justificado e a andar em santidade de vida, sendo testemunha de Cristo e aguardando com alegria a volta de Cristo.

Numa época de misticismo “milagreiro” como a nossa, é necessário reconhecer e anunciar às nossas crianças o poder sobrenatural de Deus. Enfrentemos este tempo de misticismo reconhecendo e anunciando que o Deus Triúno deve ser adorado por estes milagres tão reais em nossas vidas: a Criação, a Encarnação e a Redenção!

No próximo artigo mostraremos mais pedras para proteção das crianças, em uma época de misticismo como a nossa. Não perca.

Pr. Gilberto Celeti
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quinta-feira, 25 de janeiro de 2024

CONSTRUTORES DE MUROS - 13

 Já falamos que os construtores de muros, isto é, os pais e os cristãos que atuam como professores de crianças, devem conhecer as boas pedras que precisam ser colocadas no muro de proteção que estão erguendo: o poder sobrenatural de Deus, o poder da Palavra de Deus e o poder da graça de Deus.

Até aqui verificamos como as crianças estão crescendo em uma sociedade marcada pelo egoísmo e pelo hedonismo. Tratamos neste artigo sobre mais uma marca de nossa sociedade: o misticismo.


1. A INFLUÊNCIA DO MISTICISMO

A partir da última década do século XX e continuando até nossos dias, temos observado que, em todas as nações, as pessoas estão crendo, com extrema facilidade, em tudo o que se apresenta como misterioso e sobrenatural.

Há também uma tendência muito acentuada ao sincretismo, que nada mais é do que a fusão de diferentes elementos das mais variadas religiões. Inclusive, colocam novamente em evidência os antigos cultos do paganismo: dos povos bárbaros do norte da Europa, dos romanos, dos gregos e das religiões africanas, indígenas e orientais.

Este sincretismo é percebido na atitude das pessoas que buscam o que há de melhor em cada experiência religiosa, e vão juntando para formar algo que funcione, que dê certo, que promova uma determinada “experiência”.

Não há o mínimo interesse com a Verdade. Afirmam que a verdade é algo relativo. Para eles, o que importa é ter uma experiência agradável. E anunciam que alguém pode ter esta experiência agradável de diversas maneiras: visões esotéricas, êxtases fascinantes, maravilhas, sinais, meditações transcendentais, buscas mais profundas de espiritualidade, contatos com seres angelicais, contatos com seres extraterrestres, experiências paranormais, desenvolvimento intuitivo, percepções divinas, revelações especiais etc.

Neste contexto, vemos uma enxurrada de “influencers” atuando com mensagens recheadas de autoajuda com jeito de espiritualidade. Os serviços de Coaching e Mentoria estão atraindo seguidores de maneira espantosa.

O uso dos meios de comunicação disponíveis facilita um intercâmbio cada vez maior de práticas religiosas entre os povos. Por meio da televisão, do rádio, dos jornais, das revistas e da internet são divulgados os mais variados cultos e tradições religiosas de todas as partes do mundo. Além de divulgação, também há um esforço em promover o proselitismo. Muitos grupos estão lançando suas redes para conseguir o maior número de adeptos. Pelo desejo de crescer, e de não perder os seus próprios membros, alguns grupos lançam mão de práticas místicas. O que se observa, então, é que há multidões caindo no misticismo.

É muito comum hoje vermos líderes religiosos se apresentarem como aqueles que trazem a palavra diretamente de Deus; como aqueles que têm uma intimidade com Deus superior aos demais; como aqueles que têm a força da oração mais poderosa; como aqueles que podem identificar os que estão doentes e administrar a necessária cura; como aqueles que sabem lidar com os demônios. Apresentam-se como seres quase sobrenaturais, que podem ministrar a cura, o perdão, a prosperidade, a libertação etc. Esta auréola de misticismo impressiona e atrai as multidões. Este neo-esoterismo está presente de forma cada vez mais patente, em toda parte, de muitas maneiras: venda de produtos místicos, viagens a lugares religiosos e místicos, palestras espiritualistas, rituais coletivos, medicinas alternativas e outras.

2. O INTERESSE DO MISTICISMO PELAS CRIANÇAS

As crianças são envolvidas pelo ambiente do misticismo por meio dos desenhos animados, dos games, dos jogos, das músicas, da literatura e do folclore, quando estes apresentam temas ligados ao sobrenatural, tais como comunicação com os mortos, reencarnação e satanismo mesmo!

No início deste século, os esotéricos apresentaram o conceito de crianças índigo, por meio de literatura, filmes e até novelas. O nome “criança índigo” tem a ver, conforme a compreensão deles, com a cor da aura dessas crianças, que desde então estão nascendo.

Baseados na doutrina da reencarnação, estes místicos afirmam que essas crianças são seres que estão em uma esfera de evolução mais elevada e que estão reencarnando a fim de fazer mudanças para a melhoria da vida aqui na terra. São crianças superiores, fascinantes, fantásticas, fabulosas e que têm percepções de realidades tais como: ver anjos, prever acontecimentos e viver em um mundo paralelo em contato com fadas, duendes e bruxas.

É interessante notar a facilidade com que tantas pessoas aceitam e acreditam nestes discursos confusos, ilusórios e nocivos. Como alguém pode assimilar mensagens mirabolantes e ilusórias, virando as costas para a realidade e a verdade, deixando-se dominar por uma fantasia? Essa atitude nos leva a concordar com uma frase de G. K. Chesterton: “Quando as pessoas não acreditam em Deus, não é que elas não acreditam em nada, elas acreditam em qualquer coisa.”

Ao aceitarem essa teoria da criança índigo, os pais – que supõem ter uma ou mais dessas crianças em casa – acabam contemplando os filhos como uma espécie de “deuses”, a quem precisam considerar como seus instrutores. É uma completa loucura achar que:

  • os filhos é que devem ensinar os pais;
  • os filhos é que devem abençoar os pais;
  • os filhos são os portadores de uma sabedoria superior à qual os pais devem se submeter.

Trata-se de um insano delírio. “Criança índigo” é um conceito que deveria nos encher de indignação, como disse o salmista: “De mim se apoderou a indignação, por causa dos pecadores que abandonaram a tua lei” (Salmos 119.53).

3. A QUESTÃO DA CRIANÇA ÍNDIGO E AS ESCRITURAS

Aquele que crê que a Palavra de Deus é “lâmpada para os seus pés” e “luz para os seus caminhos” (Salmos 119.105) busca pautar sua vida pelo que Deus diz e não pela sabedoria humana. Vamos comparar com a Palavra de Deus algumas das ideias, acima expostas, a respeito de crianças índigo.

Em relação à aura humana, apesar da disponibilidade de detectores de alta sensibilidade para campos eletromagnéticos e radiação eletromagnética, propriedades comumente atribuídas à aura, não existe nenhum estudo que demonstre empiricamente a sua existência. Ninguém, até o momento, conseguiu demonstrar essa habilidade de detectar auras, apesar do enorme número de pessoas que dizem ser capazes de tal feito. Uma das características da aura, de acordo com os seguidores dessa ideia, seria sua luminosidade. Mas a Bíblia diz que o homem ímpio, sem Deus, está no escuro. Em Colossenses 1.13, 14 lemos sobre Deus Pai: “Ele nos libertou do poder das trevas e nos transportou para o reino do Filho amado, em quem temos a redenção, a remissão dos pecados”.

Em relação à reencarnação, que talvez seja uma das mais antigas ilusões religiosas, a verdade sobre o assunto está claramente estabelecida em uma preciosa passagem bíblica que afirma: “Aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disso, o juízo” (Hebreus 9:27). A reencarnação, segundo os que nela acreditam, visa ao aperfeiçoamento ou evolução da pessoa. Mas a Bíblia afirma, em Efésios 2.8, 9, que o homem será salvo somente pela graça e não por obras. “Porque pela graça vocês são salvos, mediante a fé; e isto não vem de vocês, é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie”.

4. A MANEIRA CORRETA DE OLHAR AS CRIANÇAS

Diferentemente dos místicos, a Palavra de Deus afirma que os filhos são “herança do Senhor” e precisam ser criados para Deus e na dependência dEle. Este foco no valor das crianças é importante, especialmente numa época em que pais, em alguns contextos, estão “terceirizando” a educação de seus filhos e, em outros contextos, estão literalmente “abusando” de seus filhos, que são vítimas de maus tratos, espancamentos e toques com as mãos sujas da pedofilia.

Jesus, em certa ocasião, colocou uma criança no centro das atenções dos seus discípulos, mostrando-lhes a necessidade de aprenderem a lição da humildade. Mostrou também a importância da criança, que deve ser bem recebida, como se recebêssemos o próprio Jesus. A criança deve ser tratada com respeito e dignidade, sem colocarmos tropeços na sua caminhada; não deve ser desprezada e deve ser alvo de cuidados especiais, assim como um cordeiro é alvo do cuidado de um pastor, porque não é da vontade de Deus que nenhum pequenino se perca.

O que deve ser buscado, portanto, é um equilíbrio entre valorizar a criança, tal como o Senhor a valoriza, ao mesmo tempo em que reconhecemos a imaturidade da criança e a necessidade que ela tem de receber orientação. “Ensine a criança no caminho em que deve andar, e ainda quando for velho não se desviará dele” (Provérbios 22.6).

Além de orientação, a criança necessita de disciplina, porque “a tolice está ligada ao coração da criança, mas a vara da disciplina a afastará dela” (Provérbios 22.15). A negligência na correção demonstra falta de amor pela criança, pois “o que retém a vara odeia o seu filho; quem o ama, este o disciplina desde cedo” (Provérbios 13.24).

A criança não é reencarnação de alguém que já tenha vivido no passado. Cada criança é formada e tecida no útero de sua mãe, tendo seu corpo e alma formados, de modo assombrosamente maravilhoso, por Deus. Nenhuma criança vem de alguma estrela distante ou de uma suposta vida passada. Elas vêm diretamente do poder criador de Deus, que as conhece plenamente desde quando eram ainda uma substância informe, enquanto seus membros, veias e ossos iam sendo formados. Leia o Salmo 139, versos 13 a 17.

Olhar da perspectiva da Palavra de Deus nos ajuda a ter os pensamentos corretos a fim de criar, ensinar, disciplinar e guiar as nossas crianças. É especialmente importante reconhecer que cada uma delas nasce com uma natureza pecaminosa, herança que trazem de seus pais (Salmos 51.5). Só uma criança nasceu neste mundo sem esta natureza pecaminosa, Jesus, porque Ele não foi gerado no ventre de Maria por um homem, mas pelo Espírito Santo de Deus.

Visto que a criança é pecadora, ela necessita ser evangelizada, isto é, ela precisa saber que Jesus é o Filho de Deus que veio a este mundo para nos libertar do pecado, o que de fato Ele fez ao morrer na cruz como substituto do pecador que nEle confia. Esta mensagem, como diz o conhecido cântico, “é fácil de entender, tão clara como a luz: em meu lugar pra me salvar Jesus morreu na cruz”. É tão singela que “mesmo uma criança pode crer”. Jesus disse: “Em verdade, em verdade lhes digo: quem crê em mim tem a vida eterna” (João 6.47).

Leve suas crianças, o mais cedo possível, a crer em Deus, colocando sua fé no Salvador Jesus, para que não sejam, como disse Chesterton, pessoas que venham no futuro a crer em “qualquer coisa”. Levar crianças à salvação em Cristo é o que garante a elas um abençoado futuro.

Nunca é demais repetir que é necessário, com urgência, ganhar para Jesus a geração que vem chegando. Lembremo-nos de que Deus mesmo foi quem ordenou aos pais que ensinassem aos seus filhos sobre o Seu poder e as Suas maravilhas, a fim de que a nova geração pudesse confiar no Senhor, sem jamais se esquecer de Suas obras e ser obediente à Sua Palavra. Pois, se não for assim, essa nova geração corre o risco de vir a se tornar uma geração rebelde e andar de maneira contrária à orientação do Senhor (conf. Salmos 78.4-8).

5. O PERIGO DA “MILAGREFOBIA”

Misticismo, neo-esoterismo, nova era, movimento holístico – são os nomes que marcam esta época. Há uma verdadeira sedução em todos os níveis da sociedade, como se toda a humanidade estivesse sendo preparada para uma só finalidade: participar de uma religião mundial, e adorar “o filho da perdição, o qual se opõe e se levanta contra tudo o que se chama Deus ou ó objeto de culto, a ponto de assentar-se no santuário de Deus, apresentando-se como se fosse o próprio Deus” (2 Tessalonicenses 2.3-5).

Jamais devemos esquecer as palavras do próprio Senhor Jesus: “Então, se alguém disser a vocês: ‘Olhem! Aqui está o Cristo!’ ou: ‘Ali está ele!’, não acreditem. Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, operando grandes sinais e prodígios, para enganar, se possível, os próprios eleitos. Eis que tenho predito isso a vocês” (Mateus 24.23-25).

Hoje, mais do que nunca, é necessário ter medo de milagres. O termo “milagrefobia” foi sugerido pelo Rev. Elben M. Lenz César, fundador da Editora Ultimato, em um artigo no qual registrou: “Quanto mais falsa é uma crença religiosa, mais milagres anuncia”. Por isso, ele afirmava ter medo de milagres.

A Palavra de Deus afirma, de maneira a não deixar nenhuma dúvida, que a manifestação desta pessoa, o iníquo, será “segundo a ação de Satanás, com todo poder, sinais e prodígios da mentira, e com todo engano de injustiça aos que estão perecendo, porque não acolheram o amor da verdade para serem salvos” (2 Tessalonicenses 2.9, 10).

O que fazer? Oremos, confiemos no Senhor e sejamos encontrados entre aqueles que amam a Verdade, a fim de que nossas vidas sirvam de exemplo para as crianças e que elas sejam protegidas do misticismo.

No próximo artigo mostraremos as pedras para proteção das crianças, em uma época de misticismo como a nossa. Não perca.

Pr. Gilberto Celeti
Missionário na APEC, professor, palestrante e escritor

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