quinta-feira, 26 de outubro de 2023

CONSTRUTORES DE MUROS – 01 DE GERAÇÃO EM GERAÇÃO


Compreendendo a palavra “geração”

A palavra “geração” vem do latim “generatio” e se refere ao ato de procriar, ou de produzir alguma coisa. É uma palavra também utilizada para identificar um conjunto de pessoas que têm a mesma idade. Nestas três últimas décadas, fala-se da Geração X, Y, Z e Alfa, identificando traços comuns nos indivíduos de cada uma delas, por haverem nascido em um determinado período do tempo.

A Geração X abrange as pessoas que têm hoje entre 41 e 56 anos, e formaram-se no período do governo militar, quando ocorreu um desenvolvimento industrial e crescimento econômico. Elas valorizam o estudo, um bom diploma, a capacitação e estabilidade profissional.

A Geração Y ou Millennial compreende a faixa etária entre 25 e 40 anos. Estes indivíduos presenciaram a chegada do novo milênio ainda crianças ou bem jovens. São acostumados com a tecnologia, são impulsivos, competitivos, questionadores e desejam rápido crescimento profissional e financeiro.

Da Geração Z fazem parte os nascidos a partir de 1997, que estão entrando agora no mercado de trabalho. Tais indivíduos são nativos digitais, ou seja, convivem com o universo da internet, mídias sociais e recursos tecnológicos. Comunicam-se intensamente por meios digitais e estão sempre online.

A Geração Alfa experimenta uma exposição ainda mais forte à tecnologia e às telas. Compreende os indivíduos nascidos a partir de 2010, que vivem com muitos estímulos, acostumados a usar meios digitais para se entreter e buscar informações. Na escola, requerem uma educação mais dinâmica, ativa, multiplataforma e personalizada.

As gerações Y, Z e Alfa não escrevem mais cartas nem e-mails, somente mandam mensagens pelo WhatsApp ou pelas redes sociais. Não sabem fazer pesquisas em enciclopédias, só no “Google”.

Observação: Os que hoje têm entre 57 e 75 anos são pessoas que viveram as grandes transformações do pós-guerra. Foram criados com mais rigidez e disciplina, valorizam muito o trabalho, a família, a realização pessoal, a estabilidade financeira e a busca por melhores condições de vida.

Sempre houve o chamado conflito de gerações devido às diferenças entre a geração mais idosa, a geração adulta e a geração infantil, isto é, os bebês que vão chegando; no entanto, esta era tecnológica vem acentuando muito mais as diferenças e os conflitos

A palavra “geração” na Bíblia

Na Escritura Sagrada, diversas palavras, tanto no hebraico, como no grego, foram traduzidas por geração. Uma delas, “genea”, ocorre dezenas de vezes no Novo Testamento, indicando, por exemplo, as várias gerações que se sucederam desde Abraão até Jesus Cristo. Refere-se ao povo que viveu em uma determinada época. Outras vezes os vocábulos traduzidos também como “geração” referem-se ao tipo de pessoas, como em Deuteronômio 32.5: “Procederam corruptamente contra ele, já não são seus filhos, e sim suas manchas; é geração perversa e deformada.”

Outros exemplos do emprego da palavra em referência ao tipo de pessoas são: “Salvai-vos desta geração perversa” (Atos 2.40) ou “Tal é a geração dos que o buscam, dos que buscam a face do Deus de Jacó” (Salmo 24.6). Nestes exemplos, não se leva em conta a idade das pessoas e, sim, o seu caráter, ou a sua posição diante de Deus.

Esta nítida separação entre dois tipos de pessoas, que embora vivendo numa mesma época são claramente distintos, fica bem evidente neste texto: “Para que vos torneis irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta, na qual resplandeceis como luzeiros no mundo” (Filipenses 2.15).

O termo “geração”, na Bíblia, também revela a “transitoriedade do homem”, em contraste com a “eternidade de Deus”. O Salmo 90 expõe esta verdade de maneira maravilhosa: “Antes que os montes nascessem e tu formasses a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus. Tu reduzes o ser humano ao pó e dizes: Voltem ao pó, filhos dos homens” (vs. 2 e 3). E sobre nós, seres humanos, está registrado: “Os dias de nossa vida sobem a setenta anos ou, em havendo vigo, a oitenta, neste caso, o melhor deles é canseira e enfado porque tudo passa rapidamente, e nós voamos” (vs. 10).

Alguns estudiosos, baseados especialmente neste texto, concluem que setenta anos seria o número de anos que definiria a duração uma geração. Outros afirmam que o número exato de anos de uma geração seria de quarenta anos, tomando como referência o tempo que Israel peregrinou pelo deserto, visto que as pessoas daquele período foram conhecidas como a “geração do deserto”.

Quer sejam quarenta, quer sejam setenta anos, como comparar um período tão curto com a eternidade de Deus? O salmista assim se expressa: “Senhor, tu tens sido o nosso refúgio de geração em geração” (Salmo 90.1).

Seria o Eterno Deus o refúgio da Geração X, Y, Z, Alfa e dos mais idosos também? Que o Senhor nos capacite para que, independentemente da idade, possamos ser instrumentos do Senhor para que muitos abandonem os seus maus caminhos, deixando de ser uma geração obstinada e rebelde, e se tornem parte da geração que busca o Senhor.

Ser instrumento de Deus para benefício das gerações

No livro de Atos, capítulo 13, há um interessante relato de Paulo descrevendo a vida de Davi, o qual foi chamado de um homem segundo o coração de Deus (vs. 22). O apóstolo conclui de maneira maravilhosa: “tendo Davi servido à sua própria geração, conforme o desígnio de Deus, adormeceu, foi para junto de seus pais …” (Atos 13.36).

Como seria bom se fossemos lembrados como aqueles que serviram à sua própria geração, sendo contados entre os que assim oram ao Senhor: “Tu me tens ensinado, ó Deus, desde a minha mocidade; e até agora tenho anunciado as tuas maravilhas. Não me desampares, ó Deus, agora que estou velho e de cabelos brancos, até que eu tenha declarado à presente geração a tua força e às gerações vindouras o teu poder” (Salmo 71.17, 18).

O livro de Eclesiastes também enfatiza a transitoriedade da vida do homem sobre a face da terra, afirmando que “tudo tem o seu tempo determinado” (Eclesiastes 3.1). Durante o breve período de sua existência, o homem se lança completamente às inúmeras realizações que envolvem cada um dos aspectos de sua passagem pela vida. O homem busca “ser” alguém por meio do que faz, assim como por meio de seus relacionamentos.

O tempo vai passar e chega o momento em que “o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu” (Eclesiastes 12.7). Por isso, o mais importante é atender ao conselho final do pregador, o autor do livro: “Teme a Deus e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo homem. Porque Deus há de trazer a juízo todas as obras, até as que estão escondidas, quer sejam boas, quer sejam más” (Eclesiastes 12.13, 14).

Dentre as atividades do homem, cuja vida é tão curta, há uma que sempre é muito negligenciada: a de transmitir os mandamentos do Senhor, seja para os seus contemporâneos, seja especificamente para a próxima geração.

Um pouco antes do juízo de Deus ser derramado sobre as cidades de Sodoma e Gomorra, há uma afirmação que Deus faz a respeito de Abraão – aquele por meio do qual seriam benditas todas as nações da terra –, que precisa ser criteriosamente considerada: “Porque eu o escolhi (Abraão) para que ordene a seus filhos e a sua casa depois dele, a fim de que guardem o caminho do Senhor e pratiquem a justiça e o juízo” (Gênesis 18.19).

Quando uma nova geração de israelitas, nascida durante os 40 anos de peregrinação no deserto, finalmente vai entrar na Terra Prometida, recebe a ordem do Senhor para obedecer aos Seus mandamentos, estatutos e juízos pois somente assim seriam grandemente abençoados. Moisés lhes diz que esses mandamentos tinham que ser observados pela geração que ouvia a palavra naquele momento, pela geração dos seus filhos e também pela geração dos filhos de seus filhos. O texto sagrado diz: “Escute, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor. Portanto, ame o Senhor, seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e com toda a sua força. Estas palavras que hoje lhe ordeno estarão no seu coração. Você as inculcará a seus filhos, e delas falará quando estiver sentado em sua casa, andando pelo caminho, ao deitar-se e ao levantar-se” (Deuteronômio 6.4-7).

Moisés enfatiza a responsabilidade daquela geração em três aspectos:

  1. Deviam amar a Deus de todo o coração, com tudo o que havia neles e com tudo que eles eram.
  2. Deviam guardar no coração toda a Palavra do Senhor.
  3. Deviam conduzir os seus filhos a se apropriarem completamente de toda a Palavra do Senhor.

Será que Israel foi obediente aos mandamentos do Senhor?

Não deixe de ler a continuação no texto da próxima semana.

Pr. Gilberto Celeti
Missionário da APEC, professor, palestrante e escritor

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sexta-feira, 20 de outubro de 2023

TODA CRIANÇA PARA JESUS

 No ano de 2006, o Congresso Nacional da Aliança Pró Evangelização das Crianças tinha como tema: “Toda Criança! Toda Nação! Toda Hora! Para Jesus!”. Pense por um instante: as crianças que nasceram naquele ano já estão hoje com 17 anos. Infelizmente, milhões delas não foram alcançadas com o Evangelho!

OLHE PARA AS CRIANÇAS

Olhe para a situação das crianças abandonadas, abusadas, exploradas, mal-amadas, mal alimentadas, maltratadas, mal orientadas …

Olhe para a situação das crianças que lamentavelmente convivem em famílias frágeis e desestruturadas …

Olhe para a situação das crianças que são ensinadas a participar de atividades religiosas abomináveis à luz da Bíblia Sagrada, por incluírem práticas de feitiçaria, de idolatria, de superstição, de esoterismo …

Olhe para a situação das crianças que estão sendo educadas nos pressupostos evolucionistas …

Olhe para a situação das crianças que encontram entretenimento em filmes, músicas, jogos e livros que incentivam o pecado, em suas mais variadas formas, e também o próprio satanismo …

Olhe para a situação das crianças entregues à influência da Ditadura das Minorias, a qual está determinando normas e procedimentos que as escolas devem adotar (a ideologia de gênero), favorecendo comportamentos pervertidos …

Olhe para a covardia com que está sendo tratada a questão da liberação das drogas e da legalização do aborto, tão abomináveis e nocivas às crianças …

Olhe para a triste realidade de pais, professores, líderes e igrejas, que se autodenominam cristãos, mas que não têm nenhuma visão da importância e urgência da evangelização e discipulado das crianças, possuindo uma compreensão completamente equivocada e sem qualquer base bíblica sobre o que seja “evangelizar”.

SATANÁS ODEIA AS CRIANÇAS

O ministério de ensino bíblico infanto-juvenil, feito com seriedade e responsabilidade, tem sido alvo de ataques ferozes do inimigo, que cria barreiras inimagináveis impedindo que os cristãos se engajem na tarefa de alcançar toda criança, em todo local, a toda hora, com o Evangelho todo!

O grande interessado em impedir que toda criança conheça o Evangelho é o diabo. Satanás odeia as crianças. Há uma guerra invisível acontecendo diante de todos nós. Nessa guerra as forças malignas buscam capturar e dominar as almas das crianças. Esse perigo real não está sendo percebido …

Devemos adotar em cada igreja, e em cada lar efetivamente cristão, este lema – “Toda Criança! Toda Nação! Toda Hora! Para Jesus!”. Empenhar-se para conduzir as crianças a Cristo é entrar no terreno em que o inimigo quer dominar, é entrar numa guerra espiritual. Este é um tema para fazer o inferno tremer!

Quando as atividades que se realizam com as crianças envolvem apenas promover entretenimento, diversão e ajuda social, parece que não há grandes dificuldades, pois todos estão prontos a cooperar. No entanto, quando o alvo é contar a mensagem do Evangelho, a realidade que se apresenta quase sempre inclui oposição e falta de apoio.

É preciso perceber isto e, com toda consciência, fortalecer-se no Senhor e na força do seu poder e equipar-se com toda a Armadura de Deus e com toda oração e súplica, “orando em todo tempo no Espírito e para isto vigiando com toda perseverança e súplica por todos os santos”, para que se faça conhecido o mistério do Evangelho às crianças.

AVANÇAR NO TERRENO DO INIMIGO

É necessário, mais do que nunca, tomarmos posse das palavras de nosso Senhor Jesus Cristo: “… edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mateus 16.18). Vamos avançar no terreno do inimigo confiantemente.

Como chegar a todas as crianças com a mensagem do Evangelho, seja nas grandes metrópoles, nas pequenas cidades ou nas comunidades mais longínquas? Sem dúvida, esta ação exige uma grande mobilização. Ah! Pense bem agora mesmo …

  • … se cada cristão se preparasse e agisse para alcançar uma criança por dia …
  • … se cada família cristã se preparasse e agisse para abrir um Clube Bíblico semanal para as crianças de sua vizinhança …
  • … se cada igreja cristã se preparasse e agisse para alcançar todas as crianças que vivem ao seu redor …

É agora a hora da mobilização da Igreja de Deus para conduzir toda criança a Cristo, com o Evangelho todo. Mobilizemo-nos como verdadeiros evangelistas de crianças, e uma revolução se fará neste país. Certamente, é preciso multiplicar o número de evangelistas de crianças para chegar a todas. Há milhões de crianças perdidas.

A INFÂNCIA É O MELHOR TEMPO PARA A EVANGELIZAÇÃO

Não há como negar esta verdade: a idade mais favorável para a conversão é exatamente o tempo da infância. Em cada grupo de cem crentes, os que recebem a Cristo depois dos 30 anos são apenas 4%. Só 10% se convertem entre os 15 e 30 anos.

Agora, preste bem atenção: mais de 80% têm o seu encontro com o Salvador e experimenta o novo nascimento pela fé em Cristo na faixa etária dos 4 aos 14 anos. E, acredite, há crianças que recebem a Cristo antes dos 4 anos de idade. Isto é simplesmente maravilhoso!

Experimente contar a uma criança a história da ovelha perdida. A criança não vai querer ficar perdida como a ovelhinha; vai querer ficar aconchegada nos braços do Bom Pastor. Experimente contar a história da arca de Noé. A criança vai querer a segurança da “arca da salvação”, que é Jesus. Conte a história bíblica e faça a ligação, contando sobre o que Jesus fez: Ele morreu por nossos pecados, foi sepultado e ressuscitou (1 Coríntios 15.3, 4); conte sobre a esperança da vida eterna (João 14.2, 3 – “vou preparar um lugar para vocês” “voltarei”); e, por fim, apresente o convite de Jesus: “Em verdade, em verdade lhes digo: quem crê em mim tem a vida eterna” (João 6.47). Diga: assim como a ovelhinha foi salva, ou assim como Noé e sua família foram salvos, Jesus quer salvar você.

A grande maioria dos que creem em Jesus e O recebem como Senhor e Salvador estão na faixa etária que antecede os 15 anos. Este fenômeno tem sido amplamente estudado por missiólogos em todo o mundo e a obra missionária em busca das crianças tem sido denominada de JANELA 4/14.

Diante desta realidade, como explicar a indiferença, a descrença e a falta de investimento quanto à evangelização das crianças? É inexplicável, a não ser que compreendamos que há um inimigo terrível articulando toda esta situação.

Quando haverá um despertamento para se investir nos pequenos? Sejamos evangelistas de crianças a cada dia! Olhemos para as crianças em nossas casas, ruas, bairros e cidades. Levemos a todas as crianças a mensagem do Evangelho!

VAMOS INVESTIR NA EVANGELIZAÇÃO DAS CRIANÇAS

Jesus, enquanto percorria as cidades e povoados, dirigiu-se aos seus discípulos dizendo: “A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos. Por isso, peçam ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara” (Mateus 9.37, 38).

Existem cristãos desejosos de ganhar as crianças para Cristo, e por isso o inferno está tremendo e colocando obstáculos à realização desta obra. Venha para esta urgente mobilização. Entre na luta, em oração, em favor da evangelização das crianças.

  • Oremos pela missão da APEC – Aliança Pró Evangelização das Crianças, que atua em todos os continentes. As lutas são imensas.
  • Oremos para que o Senhor supra todas as necessidades do trabalho e dos missionários.
  • Oremos que o Senhor abra os olhos dos líderes evangélicos em todas as nações, para que invistam nas crianças a fim de que elas conheçam a salvação em Cristo.
  • Oremos para que se multiplique o número de evangelistas de crianças.

Um servo de Deus argentino, chamado Samuel Libert, disse certa vez: “As crianças são as mensagens vivas que enviamos para o futuro, no qual não estaremos”. Sim, as crianças que alcançamos para Jesus agora são os homens e mulheres que, em breve, farão a diferença na sociedade. Que nós enviemos ao futuro aqueles que são, desde pequenos, “luz do mundo” e “sal da terra”!

Mas não devemos trabalhar sozinhos. Vamos nos esforçar para conseguir mais um “soldado” evangelista de crianças.

James Heckman, ganhador do prêmio Nobel de Ciências Econômicas em 2000, tem falado, em várias ocasiões e países, que um governo sábio investiria nas crianças de 0 a 6 anos de idade pois, afirma ele, isto mudaria a nação. Cada nação deveria enfrentar com garra os desafios da primeira infância

Investir nas crianças bem pequenas é um assunto para estadistas. Infelizmente, a maioria dos governos se preocupa apenas com o imediato e em trabalhar para garantir a sua reeleição no pleito seguinte.

É lamentável observar que a preocupação com resultados imediatos tem sido a falha também em muitas igrejas. Quando haverá um despertamento para se investir nos pequenos?

Vamos investir nossos esforços, dons, recursos e nosso tempo para que toda criança, em toda nação, a toda hora, conheça o Evangelho todo e receba a Cristo como Senhor e Salvador!

Pr. Gilberto Celeti
Missionário da APEC, professor, palestrante e escritor

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quinta-feira, 19 de outubro de 2023

ABORTO - TESTEMUNHO DE UMA ENFERMEIRA

 Um testemunho de Carmen Sílvia Musa Lício:

Estava de plantão no PS de um hospital, na zona sul de São Paulo, quando chegou uma moça passando mal. Perguntei o que aconteceu e a sua acompanhante me contou que ela havia tomado um remédio  para provocar o aborto  do feto que estava no seu ventre, de aproximadamente 2,5m de gestação.

Ela mal conseguia falar. Chamei o médico e contei o que aconteceu.

Como ela estava com muitas contrações,  ele pediu para a levarmos para a Sala de Parto. Lá,  após  algumas contrações fortes, saiu o feto, ainda dentro da bolsa amniótica inteira, com o líquido amniótico.

Eu o peguei com a luva, enquanto o médico cuidava da paciente.

O feto não  parava de se mexer, desesperado. Isto me chamou a atenção,  pois parecia estar passando muito mal e se debatia sem parar, apavorado. Eu fiquei sem saber o que fazer, pois não  havia o que pudesse fazer para salvar a sua vida, de aproximadamente 10 semanas.

Logo depois o médico veio ver e viu também o seu sofrimento…

Eu, para consolar o feto, envolvi as minhas duas mãos em volta dele, tentando aquece-lo e faze-lo sentir-se mais seguro. Ele se acomodou nas minhas mãos e morreu depois de poucos minutos…

Eu e o médico nos olhamos e lágrimas escorriam dos nossos olhos.

Nunca havia passado por uma situação destas e vi como os fetos, mesmo com menos de 3 meses de gestação, sofrem muito quando são  abortados.

Nunca mais me esqueci desta história.

Agora querem que o aborto seja legalizado, pois é  um ‘direito da gestante’. E o direito do pequeno ser humano, que nem consegue se defender?

Se não quer dar à luz, que evite a gestação  usando camisinha, anticoncepcionais…

Depois que engravidou, que leve a gravidez até o final, e, se não o quiser, que o entregue para os familiares ou para adoção…

Carmen Sílvia Musa Lício

Carmen Sílvia Musa Lício nasceu em 15/09/1952 na Cidade de São Paulo/SP.

Filha de pastor (Wilson Nóbrega Lício), sobrinha de pastores (Mário Lício e Miguel Rizzo Jr), prima de outro pastor (Paulo Lício Rizzo), cresceu na Igreja Presbiteriana de Pinheiros, onde o seu pai foi pastor por 20 anos.

Converteu-se aos 17 anos, juntamente com a sua irmã, em um culto de despedida do missionário Haroldo Reimer, na Primeira Igreja Presbiteriana Independente de São Paulo. Isto aconteceu em 27 de Junho de 1970. Após pouco mais de 2 meses sua irmã Nilza Maria faleceu, aos 15 anos, em um acidente de carro, e isto mudou todo o rumo da sua vida. Resolveu então ser enfermeira para cuidar das pessoas, tanto física, quanto emocional e espiritualmente, levando o evangelho de Jesus por onde quer que fosse.

Agora, já aposentada, dedica-se mais a escrever crônicas, poemas, alguns livros e a compor alguns corinhos, além de auxiliar, de alguma forma, a quem a procura solicitando algum aconselhamento espiritual para a sua vida.
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SER ENFERMEIRO

Ser enfermeiro é uma missão
Envolve a alma, o coração
É cuidar dos que necessitam
De um cuidado, de uma atenção

Ser enfermeiro por vocação
É um dom maior
É cuidar de todos
Sem exceção

Depois de tantos anos
De pura dedicação
Missão comprida
Missão cumprida
Sensação de paz
No coração

Dever cumprido
Com muitas lágrimas
Muitos sorrisos
Muito trabalho
Muita emoção

Enfermeiro não se aposenta
Só não mais se arrebenta
Faz o que pode ao seu redor
Continua sempre a tentar cuidar
Dar conselhos, tentar ajudar.

By Carmen, a Musa

Após 42 anos de formação
2017
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sexta-feira, 13 de outubro de 2023

EVANGELIZE HOJE O HOMEM DE AMANHÃ

 

AS CRIANÇAS DE HOJE - QUE TIPO DE HOMENS SERÃO AMANHÃ?

Como serão e viverão os homens amanhã? E nas próximas décadas?

Antes de olhar para o futuro e fazer conjecturas, deveríamos olhar para o agora e verificar como são e como vivem as crianças de hoje.

Infelizmente, nos dias atuais, está difícil olhar para as crianças e observar a inocência, a pureza, a ingenuidade, a beleza, o sorriso, as brincadeiras, as cantigas, a felicidade na escola ou no lar e a própria esperança.

Hoje, milhões de crianças desamparadas nos colocam diante de um monstruoso quadro de dor, de lágrimas, de tristeza, de fome, de exploração, de abandono, de engano, de frustração, de miséria, de abuso sexual, de droga, de promiscuidade, de delinquência, de crime, de analfabetismo, de violência, de suicídio, de morte e de desesperança. Crianças perdidas!

Se mudarmos o foco, veremos quantas crianças de condição social bem elevada são mantidas o dia todo fora de casa, nos colégios e em aulas de música, de inglês, de judô etc. Quando estão na rua, estão dentro de um automóvel e com um iPhone na mão; quando em casa, estão diante de um tablet ou com o mesmo iPhone na mão. Muitas dessas crianças raramente veem seus pais, pois ambos trabalham fora, e elas passam a maior parte do tempo diante das mídias, se alimentando de espetáculos de violência, de intrigas e até de cenas sexuais.

Em todas as camadas sociais e em todos os lugares, existem milhões de crianças sem Cristo. O que acontecerá amanhã com o menino de rua? Com o menino da comunidade? Com aquele cujos pais se separaram? Com o menino que está na instituição governamental? Com as crianças que são deficientes e imigrantes? O que acontecerá amanhã com os meninos e as meninas cujas famílias desapareceram, que estão em campos de refugiados, que procuram no lixo algo para comer?

Diante deste quadro, eis aqui uma solene pergunta: “O que virá a ser, pois, este menino?” (Lucas 1.66). Esta pergunta foi feita pelo pai de João Batista, diante de seu filhinho recém-nascido. Que tipo de homens e mulheres as nossas crianças serão amanhã? Tornar-se-ão escravos de Satanás ou servos do Deus Altíssimo?

OS HOMENS DE HOJE – COMO FORAM NO TEMPO DA INFÂNCIA?

O quadro abaixo mostra a idade em que as pessoas receberam a Cristo como seu Salvador pessoal, conforme registrado no “Manual de Evangelismo Infantil” de Lionel Hunt, publicado pela Moody Press. Os números desta pesquisa demonstram, de maneira inequívoca, qual a melhor idade para a evangelização e a conversão. A pergunta feita aos participantes foi esta: Com que idade você recebeu a Cristo como seu Senhor e Salvador pessoal?

O resultado foi:

Idade da conversãoPercentual
Antes dos 5 anos1%
Dos 5 aos 15 anos85%
Dos 15 aos 30 anos10%
Após os 30 anos4%

O apóstolo Paulo, escrevendo aos filipenses, fez uma afirmação maravilhosa sobre os cristãos: “Façam tudo sem murmurações nem discussões, para que sejam irrepreensíveis e puros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta, na qual vocês brilham como luzeiros no mundo, preservando a palavra da vida” (Filipenses 2.14-16). Sim, os cristãos são a luz do mundo e o sal da terra, ou seja, uma bênção para toda a sociedade.

Se considerarmos que 85% dos cristãos receberam a Cristo como Senhor e Salvador antes dos 15 anos de idade, chegaremos à conclusão de que só teremos um mundo melhor amanhã se evangelizarmos com mais intensidade e sabedoria as crianças de hoje.

As crianças são importantes para Deus. Elas têm uma alma imortal e uma vida inteira pela frente, que pode ser gasta no serviço do Reino de Deus. As crianças ouvem e atendem à mensagem do Evangelho mais prontamente do que qualquer outro grupo de pessoas.

A pergunta continua soando forte: “O que virá a ser, pois, este menino?” (Lucas 1.66). Amanhã, que tipo de homem ou mulher será o seu menino e a sua menina? Sua criança será um escravo de Satanás ou um servo do Deus Altíssimo? Qual a sua resposta?

TESTEMUNHOS DE LÍDERES CRISTÃOS

Muitos líderes evangélicos têm asseverado que o evangelismo de crianças é frutífero.

D. L. Moody (evangelista norte-americano) disse: “Eu creio que, se as crianças têm idade suficiente para vir à Escola Dominical, elas têm idade suficiente para vir ao Calvário. Vamos abrir nossas mentes e que Deus nos ajude a ganhar as crianças para Cristo.”

C. H. Spurgeon (pregador inglês) afirmou: “Geralmente tenho encontrado um conhecimento mais claro do Evangelho e um amor mais fervoroso a Cristo na criança convertida do que no adulto convertido. Elas não precisam abandonar a incredulidade e as noções erradas que impedem tantos de aceitar o Evangelho”. E ainda acrescentou: “Uma criança de cinco anos, devidamente instruída, pode verdadeiramente crer e ser regenerada tanto quanto um adulto.”

Pr. Artur Gonçalves (pastor brasileiro) escreveu: “As maiores vítimas dos males da nossa sociedade estão sendo as crianças. É das crianças que vêm os mais angustiantes apelos. Para construirmos um mundo melhor, concentremos nossos esforços nas crianças. Para expandirmos o reino de Deus, demos prioridade à evangelização das crianças.”

Pr. Francis Schaeffer (pastor norte-americano, teólogo, filósofo, escritor) disse: “Há um só Evangelho para adultos e crianças. A evangelização de crianças não apresenta um Evangelho diferente; é simplesmente uma questão de transmitir as grandes verdades da fé cristã de maneira bem simples. O maior motivo, porque creio que as crianças compreendem as verdades vitais do Evangelho, é o fato de crer no ministério do Espírito Santo para comunicar a mensagem de salvação e santificação a elas. Não há adulto, por mais inteligente que seja, capaz de compreender o Evangelho sem a iluminação do Espírito Santo.”

Arcebispo João Crisóstomo (considerado um dos maiores pregadores da história; viveu no terceiro século da era cristã) disse: “Maior do que qualquer pintor, maior do que qualquer escultor e do que todos os artistas é o que tem habilidade na arte de transformação espiritual das crianças.”

Pr. Warren W. Wiersbe (pastor norte-americano, teólogo, conferencista e escritor) escreveu: “Quer você goste ou não, alcançar e ensinar as crianças no mundo de hoje é uma questão de vida ou morte. Que você seja encontrado fiel, transmitindo a Palavra da Vida para uma geração em perigo.”

Pr. Samuel Libert (pastor argentino) disse: “As crianças são as mensagens vivas que mandaremos para uma época futura, na qual não estaremos.”

Que mensagens enviaremos para o futuro? Será que as crianças que alcançamos hoje para Cristo serão os homens que amanhã anunciarão o precioso Evangelho às futuras gerações?

Que mensagens vivas enviaremos? Serão mensagens de ódio ou de amor? Da mentira ou da verdade? De pecado ou de santidade?

A pergunta continua solene: “O que virá a ser, pois, este menino?”. O pai de João Batista declarou que seu filhinho seria um profeta do Altíssimo (Lucas 1.76). O que virá a ser o seu menino e a sua menina amanhã? Qual a sua resposta?

A ORDEM DO SENHOR JESUS CRISTO

Embora seja de grande utilidade ouvir o que servos de Deus têm falado sobre a urgência e a necessidade de investirmos na evangelização e no discipulado das crianças, nada é tão importante quanto o mandamento deixado tão claramente por Jesus Cristo:

“Então trouxeram algumas crianças a Jesus para que as abençoasse, mas os discípulos os repreendiam. Jesus, porém, vendo isto, indignou-se e disse-lhes: Deixem que os pequeninos venham a mim; não os impeçam, porque dos tais é o Reino de Deus. Em verdade lhes digo: Quem não receber o Reino de Deus como uma criança de maneira nenhuma entrará nele. Então, tomando as crianças nos braços e impondo-lhes as mãos, as abençoava” (Marcos 10.13-16).

E, em outra ocasião, quando chamou uma criança, colocando-a no meio dos seus discípulos, Jesus fez afirmações extraordinárias sobre as crianças:

  • “E quem receber uma criança, tal como esta, em meu nome, é a mim que recebe” (Mateus 18.5).
  • “E, se alguém fizer tropeçar um destes pequeninos que creem em mim, seria melhor para esse que uma grande pedra de moinho fosse pendurada ao seu pescoço e fosse afogado na profundeza do mar” (Mateus 18.6).
  • “Fiquem atentos, para não desprezarem nenhum destes pequeninos!” (Mateus 18.10).
  • “Assim, não é da vontade do Pai de vocês, que está nos céus, que se perca um só destes pequeninos” (Mateus 18.14).

Obedeçamos ao Senhor Jesus Cristo, não impedindo as crianças de virem até Ele, pelo contrário, recebendo-as como Ele mesmo recomendou. Numa sociedade onde as crianças são alvo de violência escancarada, tomemos todo o cuidado para que nenhuma delas venha a tropeçar e seja desprezada. E seja nossa atitude ganhar as inúmeras crianças “perdidas” ao nosso redor, porque, como afirmou Jesus, não é da vontade do Pai que um só destes pequeninos se perca!

OBEDEÇAMOS A VONTADE DE DEUS!
EVANGELIZEMOS JÁ O HOMEM DE AMANHÃ!

Gilberto Celeti

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