quinta-feira, 18 de janeiro de 2024

CONSTRUTORES DE MUROS - 12

 Pais e educadores sábios se empenharão em levantar um muro bem construído para proteger a nova geração do hedonismo!


No artigo anterior, apontamos o hedonismo como uma das marcas bem nítidas de nossa época. O hedonismo desafia sobremaneira os cristãos, especialmente os pais e os educadores a ser fortes e aprender a “remar contra a maré”. Isso implica num estilo de vida, em que se praticam e se ensinam pelo menos três princípios, os quais, sendo observados e absorvidos pela nova geração, formarão uma verdadeira e poderosa muralha de proteção contra a tragédia do hedonismo.

Naquele texto, destacamos uma pedra de proteção, que é o 1º Princípio na luta contra o hedonismo:

1) AMAR A DEUS ACIMA DE TODAS AS COISAS

Coloquemos agora mais uma pedra, queridos construtores e construtoras – o 2º Princípio nesta luta contra o hedonismo:

2) CRER E PREGAR O EVANGELHO DE DEUS

A realidade, inegável e universal, é que o homem, por causa do pecado, separou-se de Deus, virou as costas para o Seu Criador e seguiu seu próprio caminho, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; um caminho de independência e de desobediência. Esta atitude é uma gravíssima ofensa ao Deus Santo e leva o homem à morte eterna, pois “o salário do pecado é a morte” (Romanos 6.23).

A mensagem do Evangelho é exatamente a boa nova de que Deus tomou a iniciativa para livrar o homem da perdição: “Deus amou ao mundo de tal maneira que deu Seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3.16).

O apóstolo João deixou um registro maravilhoso a respeito do Senhor Jesus Cristo quando afirmou: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez” (João 1.1-3). O Verbo de Deus é Jesus Cristo. E o apóstolo prossegue: “o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai” (João 1.14).

Jesus Cristo, o Filho de Deus, veio dos céus a este mundo dos homens para tirar o pecado. Ele pagou o preço, derramando o Seu sangue, e possibilitando a reconciliação do pecador com Deus. Isto nos é garantido tão somente por Sua morte na cruz e Sua retumbante ressurreição dentre os mortos.

“Irmãos, venho lembrar-vos o evangelho que vos anunciei, o qual recebestes e no qual ainda perseverais; por ele também sois salvos, se retiverdes a palavra tal como vo-la preguei, a menos que tenhais crido em vão. Antes de tudo vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras” (1 Coríntios 15.1-4).

O Evangelho genuíno, quando anunciado no poder o Espírito Santo de Deus, leva o pecador a arrepender-se dos seus pecados, suplicar o perdão de Deus e confiar no sacrifício de Jesus Cristo realizado na cruz, crendo nEle e recebendo-O como seu Salvador. De posse, agora, de uma nova vida, esta pessoa, seja adulta ou criança – não importa a idade! – pode desfrutar de comunhão com Deus e recebe uma nova identidade: passa a ser filho de Deus, como fica evidente também no registro feito pelo apóstolo João: “O Verbo estava no mundo, o mundo foi feito por meio dele, mas o mundo não o conheceu. Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no seu nome, os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus” (João 1.10-13).

Este Evangelho deve ser anunciado com fidelidade às crianças que, ao crerem em Jesus e O receberem como Salvador, tornam-se filhas de Deus. Muitas vezes, no trabalho que é desenvolvido com os pequeninos, a ênfase está nas brincadeiras, nos desenhos, nas experiências lúdicas, nos fantoches, nos painéis supercoloridos e nas festividades. É claro que estas coisas têm o seu lugar e podem ser utilizadas, mas sempre com equilíbrio e bom senso e nunca em detrimento da apresentação da Mensagem do Evangelho e do convite de Jesus: “Vinde a Mim”.

Trabalhemos com toda dedicação para conduzir as crianças à fé na Pessoa do Senhor Jesus Cristo, e à confiança em Sua obra de salvação do pecado. Deixe claro para as crianças que elas podem falar com Jesus em oração, dizendo que reconhecem que pecaram, que acreditam que Jesus morreu em seu lugar e pedindo que Ele venha viver em suas vidas, para que recebam o perdão dos pecados e tenham suas vidas transformadas. Semeemos a semente do Evangelho, com a certeza e a esperança do fruto enquanto ainda as crianças são crianças, e não apenas como uma perspectiva de que num futuro poderão vir a crer.

Agora está na hora de acrescentarmos mais uma pedra fundamental neste muro de proteção – o 3º Princípio na luta contra o hedonismo:

3) VIVER PARA SEGUIR E SERVIR AO SENHOR

Então, convocando a multidão e juntamente os seus discípulos, disse-lhes: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me. Quem quiser, pois, salvar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a vida por causa de mim e do evangelho, salvá-la-á. Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Que daria um homem em troca de sua alma? Porque qualquer que, nesta geração adúltera e pecadora, se envergonhar de mim e das minhas palavras, também o Filho do homem se envergonhará dele, quando vier na glória de seu Pai com os santos anjos” (Marcos 8.34-38).

Há uma grande multidão religiosa que se interessa pela palavra de Deus tão somente por causa das bênçãos que almeja alcançar. Muitas igrejas estão superlotadas, pois os cultos atraem cada vez mais as pessoas que desejam saúde, emprego, casamento, riquezas e felicidade.

Infelizmente, muita gente quer as bênçãos de Deus, mas não um compromisso com o Deus que, de fato, abençoa. Torna-se evidente a ausência desta atitude não hedonista de vir após Jesus, em renúncia, em sacrifício, negando-se a si próprio, tomando a cruz, com disposição de seguir ao Senhor e servi-lO.

No caminho do serviço fiel dentro do Reino de Deus há muito a realizar. Para uma época como a atual o Senhor convoca os seus a ser Suas testemunhas (mártires), “tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até os confins da terra” (Atos 1.8). Ainda há muito povo, língua e nação sem conhecer a salvação que só Jesus Cristo pode conceder. O trabalho missionário carece de obreiros, pois “a seara na verdade é grande, mas os trabalhadores são poucos” (Mateus 9.37).

Onde estão os obreiros? Quem irá anunciar as boas novas? Somente homens e mulheres dispostos a negar-se a si mesmos e dispostos a seguir ao Senhor é que poderão anunciar este precioso Evangelho até aos confins da terra. Estaremos dispostos a ensinar isto aos nossos filhos e a dedicá-los para tomarem parte nesta gloriosa tarefa?

Vamos compartilhar com a nova geração as histórias de servos de Deus que se dedicaram para tornar o Evangelho conhecido nas terras mais distantes: Hudson Taylor, William Carey, Amy Carmichael, Charles Studd, John Patton¸ Jim Elliot e tantos outros. (A APEC dispõe destas histórias missionárias, e muitas mais, para o trabalho com as crianças.) Vamos apresentar heróis de verdade para as nossas crianças!

Nesta época de hedonismo, vamos mostrar à nova geração:
1) Que amamos a Deus acima de todas as coisas;
2) Que cremos e pregamos o Evangelho de Deus;
3) Que vivemos para seguir e servir ao Senhor.

Nesta época de hedonismo, precisamos viver de tal maneira que a nova geração perceba: que o Senhor e a Sua Palavra são as nossas fontes de excelso prazer, que também nos gloriamos na cruz de Cristo, e que no serviço do nosso Rei é que somos felizes. Oremos e confiemos que nossas vidas sirvam de exemplo para as crianças e que, assim, elas sejam protegidas do hedonismo.

No próximo artigo continuaremos reforçando e colocando pedras para a construção do muro de proteção para a nova geração. Não perca.

Pr. Gilberto Celeti
Missionário na APEC, professor, palestrante e escritor

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