segunda-feira, 25 de dezembro de 2023

CONSTRUTORES DE MUROS: 08 - INCULCANDO OS ABSOLUTOS DE DEUS

 


Precisamos aprender e ensinar às próximas gerações a importância de viver contente em toda e qualquer situação, como foi registrado pelo apóstolo Paulo: “Aprendi a viver contente em toda e qualquer situação. Sei o que é passar necessidade e sei também o que é ter em abundância; aprendi o segredo de toda e qualquer circunstância, tanto de estar alimentado como de ter fome, tanto de ter em abundância como de passar necessidade. Tudo posso naquele que me fortalece” (Filipenses 4.11-13).

No texto anterior, consideramos o 8º Mandamento de Deus – “Não furte” (Deuteronômio 5.19) – que faz parte da SEXTA PEDRA. Precisamos ter esta pedra bem firmada no muro da devoção e do amor a Deus, a qual mostra que Deus quer que nos contentemos com o que temos. Dentro deste mesmo tema e princípio, podemos incluir mais um mandamento de Deus:

O 10º Mandamento – “Não cobice a mulher do seu próximo. Não deseje a casa do seu próximo, nem o seu campo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma que pertença ao seu próximo” (Deuteronômio 5.21).

Deus quer que cada um de nós seja grato por todas as coisas boas que Ele nos tem dado. Não há necessidade de roubar e nem cobiçar. Cobiçar é desejar no coração ter algo que alguém tem, é ter inveja de uma pessoa, desejando ter o que ela tem. A cobiça pode levar ao roubo.

Pode ser que uma pessoa não roube algo de fato, mas ela quebra o mandamento de Deus por ter pensamentos cobiçosos, desejando coisas, pois não está satisfeita com o que Deus lhe dá.

Claro que não há problema nenhum em querer coisas boas, mas Deus não quer que continuamente desejemos e desejemos ter mais e mais coisas. Também não é errado desejar obter coisas melhores, mas é errado ter inveja das pessoas que têm coisas melhores que nós. É claro que podemos gostar de alguma coisa que pertence a alguém, mas não podemos nos sentir infelizes, ciumentos e invejosos pelo fato de não possuirmos tudo o que desejamos.

É difícil não quebrar este mandamento de Deus que diz para não cobiçarmos. As propagandas que vemos todos os dias dizem que só poderemos ser felizes se tivermos o que nos oferecem: “Compre um carro maior!”; “Você precisa de um celular mais atualizado!”; “Viaje e desfrute de férias maravilhosas!” ou “Troque os móveis da sua sala de visitas!”. As pessoas não precisam destas coisas, ou talvez não podem tê-las imediatamente, mas ficam cobiçando-as. Quando estiver lendo ou assistindo a uma propaganda, é preciso fazer estas perguntas:

  • Esta propaganda me leva a ficar descontente com todas as coisas boas que Deus tem me dado?
  • Esta propaganda me leva a ficar com inveja dos outros e a ser ganancioso?

Tenha cuidado com tudo que assiste ou lê. Histórias românticas mostram, em sua maioria, que não há problema em cobiçar a mulher do próximo. Indiretamente, tal história pode levar uma pessoa a agir como os personagens dela e assim quebrar este mandamento.

INCULCANDO NAS CRIANÇAS OS ABSOLUTOS DE DEUS

Nos dias atuais, as crianças vivem no meio de pessoas que rejeitam os preceitos absolutos de Deus, em relação ao que é certo e errado. Por isso, é muito importante e necessário ensinar a elas o que temos visto nesta série sobre os Dez Mandamentos, colocando cada pedra para formar um muro de proteção.

Vemos que as pessoas consideram que o que é moralmente certo e bom para uma pessoa pode ser errado e ruim para outra; o que é aceitável e certo em uma cultura ou em um tempo pode ser inapropriado ou errado em outro cenário ou em outra cultura. De fato, manter padrões morais absolutos não “está na moda”, ainda que seja isso que a Bíblia claramente ensine.

Ao colocar estas pedras, na construção dos muros, procurando ensinar e aplicar os Dez Mandamentos para a compreensão da criança, procure também ajudá-la a pensar no futuro, quando ela estará mais crescida. Por exemplo, ao falar sobre o sexto mandamento, “Não matarás”, mencione brevemente sobre aborto, eutanásia e suicídio.

Quando ensinar sobre o décimo mandamento – “Não cobiçarás”, mostre o perigo do consumismo, veiculado por meio de propagandas, e ensine a criança a orar por seu futuro cônjuge e sua futura família. Se nós, os filhos de Deus, não ensinarmos os princípios morais bíblicos para as crianças, o mundo encherá a vida delas com valores falsos.

Muitas crianças têm amigos, cujas mães talvez tenham feito um aborto. As crianças também convivem com amigos, cujos lares estão divididos por causa de divórcio. Talvez dentro da própria família elas convivam com esses problemas. Temos que tratar desses assuntos com muita oração e sensibilidade.

Voltemos à afirmação de Lutero: “Ninguém deveria tornar-se pai a menos que seja capaz de instruir os seus filhos nos Dez Mandamentos e nos Evangelhos, e que, antes de tudo, deseje que os seus filhos sejam instruídos nas realidades espirituais”. É imperioso também que sejamos capazes de instruir as crianças nos ensinos de Jesus Cristo, como estão registrados nos Evangelhos e, primordialmente, ensinar a boa nova da salvação, “que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras]’ (1 Coríntios 15.3, 4).

Vale a pena lembrar das palavras de Paulo, registradas em Gálatas 3.24: “De maneira que a lei nos serviu de aio para nos conduzir a Cristo, a fim de que fôssemos justificados por fé”. Nossas crianças, sendo bem instruídas nos Dez Mandamentos, perceberão, pelo toque do Espírito Santo – que convence “do pecado, da justiça e do juízo” (João 16.8) –, a necessidade que têm de crer em Jesus Cristo, recebendo-O como seu Senhor e Salvador.

Este será o tema do próximo artigo. É assim que podemos ser construtores de muros.

Não deixe de ler a continuação no próximo texto.

Pr. Gilberto Celeti
Missionário na APEC, professor, palestrante e escritor

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