domingo, 12 de julho de 2009

Nunca foi fácil ter uma família segundo o padrão de Deus


Nunca foi fácil ter uma família segundo o padrão de Deus


A impressão que se tem é que as crianças estão perdendo a inocência mais cedo. Como cumprir os padrões bíblicos se a infância e adolescência de hoje em dia é tão diferente nos costumes em relação à época bíblica? Os costumes mundanos pressionam mais hoje do que antigamente?


Sem dúvida, no passado, uma criança demorava um pouco mais de tempo para ter a consciência de ser pecadora (ficava mais tempo na “inocência”). Hoje a criança chega a idade da consciência muito mais cedo. A influência da mídia tem sido muito forte nesta área. Há uma geração antes da TV e uma geração depois da TV. Quem teve uma infância sem TV em casa é da geração antes da TV. Quem, desde que nasceu já convive com a TV (muitas vezes até como babá eletrônica) é da geração depois da TV.


Há, no entanto, uma consideração a ser feita. Será que houve algum período da história da humanidade que teria sido mais fácil para educar os filhos? Será que há alguém que gostaria de ter vivido em outra época para constituir a sua família? Eu penso que não. Por exemplo: teria sido fácil viver na época de Noé, quando a violência prevalecia? E na época de Ló, quando a imoralidade não conhecia limites? E viver na época do império babilônico, ou grego, ou romano? Quanta perversidade e imoralidade. Ou na idade média? Ou no século XIX ou XX?


Nunca foi e nunca será fácil constituir uma família segundo o padrão de Deus. As pressões sempre serão muito fortes, mas “maior é aquele que está em vós do que aquele que está no mundo” (1 João 4:4).


Vamos lembrar que a família é uma instituição divina e o Senhor quer preservá-la.
A nossa parte é a fidelidade para com Deus e Sua palavra.


O dever dos pais para com os seus filhos


Há na Palavra de Deus um ensino muito evidente sobre o dever dos pais para com os seus filhos. Você já reparou no pensamento do Senhor ao anunciar a Abraão a destruição de Sodoma e Gomorra? Ele disse: “Ocultarei a Abraão o que estou para fazer, visto que Abraão certamente virá a ser uma grande e poderosa nação, e nele serão benditas todas as nações da terra? Porque eu o escolhi para que ordene a seus filhos e a sua casa depois dele, a fim de que guardem o caminho do Senhor e pratiquem a justiça e o juízo” Gênesis 18:17-19.


Antes do povo de Israel entrar na terra prometida, recebeu uma solene instrução sobre o dever de amar ao Senhor de todo o coração, de ter as Suas palavras no coração e de inculcá-las nos filhos, seja assentado em casa, seja andando pelo caminho, seja na hora de deitar, seja na hora de levantar. Pode conferir em Deuteronômio 6:1-6


Estas instruções foram dadas na forma de mandamento. Não eram opcionais.


No Novo Testamento é clara esta responsabilidade em Efésios 6:4: “E vós, pais, não provoqueis vossos filhos à ira, mas criai-os na disciplina e na admoestação do Senhor”. Uma boa análise deste versículo demonstra que a palavra “pais” (pateres, no original grego), refere-se apenas aos homens pais e não inclui as mães. Isto não quer dizer, é óbvio, que as mães podem ficar omissas, pelo contrário; mas a principal responsabilidade está nas mãos dos pais, que infelizmente, não cumprem o seu papel nesta área.


Conselhos para os pais


Como os pais podem cumprir com eficiência a exigência de Provérbios 22:6? Sim, aquele versículo que diz: “Instrui o menino no caminho em que deve andar e até quando envelhecer não se desviará dele”.


Uma das melhores maneiras é a prática do Culto Doméstico, antes mesmo de nascerem os filhos. Quando estes vão chegando, desde pequeninos, participam com seus pais daqueles instantes de leitura bíblica, de oração, de louvor, de envolvimento com o trabalho missionário através da intercessão, vão desenvolvendo o amor e o compromisso para com o Senhor.


Outro conselho é o de aproveitar todas as oportunidades e circunstâncias para compartilhar do Senhor e Sua Palavra (sentado, andando, deitando, levantando, comendo, brincando, passeando, etc). Para isso é preciso ter a Palavra do Senhor no coração. Lembre que a boca fala do que o coração está cheio.


Outro ponto de fundamental importância é a presença e a participação de toda a família numa igreja onde as crianças são valorizadas e há investimento sério da liderança da mesma na educação das crianças. Alguns pais apenas apontam o caminho da igreja, infelizmente. Em algumas igrejas, lamentavelmente, as crianças são um estorvo ou apenas uma “isca” para atrair os pais.


A expressão “instrui o menino no caminho em que deve andar” traz a idéia de você se certificar que a criança entrou no caminho. Como Jesus é o caminho, os pais deveriam não só apontar este caminho, mas conduzir suas crianças à salvação e se certificarem que elas entraram, de fato, no Caminho.


Querido papai, querida mamãe, você já levou o seu filho a Cristo? O privilégio de evangelizá-lo e de discipulá-lo é de vocês!

Gilberto Celeti - gilceleti@gmail.com

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